Pizzaria paulistana teve como inspiração um pai desempregado

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Pizzaria paulistana teve como inspiração um pai desempregado

24/01/2023

A Patroni foi fundada na década de 80 e foi uma das primeiras em São Paulo a ter delivery e rodízio das redondas

Nos anos 80, Rubens Augusto Junior montou uma pizzaria em São Paulo para ajudar seu pai, que infartou depois de ter sido demitido de uma fábrica de móveis. Foi o início da Patroni, uma das maiores redes de alimentação do país que está prestes a completar quatro décadas. “Juntei todas as economias e chamei meus cunhados como sócios”, diz ele. Em 2023, a empresa deve faturar R$ 156 milhões e chegar a 285 lojas.

E no aniversário de São Paulo contamos a história de um paulistano da gema que como um grande empresário e visionário transformou a Patroni em uma das maiores rede de pizzarias do Brasil, começando toda a sua trajetória em uma das metrópoles mais ricas e completas de todo mundo. “Nasci em 1958 no Ipiranga, bairro da zona sul de São Paulo. Sou o segundo filho de um torneiro mecânico e de uma dona de casa. Minha família era muito humilde, por isso passei a infância morando com meus pais na casa de meus avós maternos”, conta.

Já adulto em 1977 fez faculdade de economia e logo arranjou emprego de auxiliar de contabilidade na Companhia Energética de São Paulo. Em 1984, seu pai foi demitido da fábrica de móveis em que trabalhava. Nessa época, o Brasil vivia um período econômico muito difícil. Seu pai, que já tinha passado dos 50 anos, não conseguia outro trabalho de jeito nenhum. Ele caiu numa depressão profunda e infartou. Os médicos disseram que ter uma atividade era essencial para que ele melhorasse. 

Junior resolveu abrir um negócio próprio para seu pai, mas o que poderia ser? “No início, não sabia. Uma noite, voltando do trabalho, viu um sobrado azul com uma placa de “Aluga-se” numa esquina do bairro do Paraíso, na zona sul de São Paulo, e se apaixonou. Colocou na cabeça que aquele era um ótimo ponto para uma pizzaria de bairro, já que ele era conhecido por meus amigos e parentes como o melhor pizzaiolo amador da turma. Não precisou pensar muito para decidir o que seria a empresa. Tinha de ser uma pizzaria”, lembra.

E assim se inicia a história da Patroni que teve início no sobrado azul do Paraíso. Logo ficaram conhecidos porque entregavam em domicílio, algo que não era muito comum naquela época. Com sorte, os clientes conseguiam ver um ou outro artista famoso por lá. O ano de 1997 foi muito difícil. O pai e o cunhado de Rubens morreram e ele ficou sozinho na Patroni. Pediu demissão da companhia de energia para se dedicar apenas ao negócio. Naquele ano, abriu a primeira loja de shopping, em Santo André, na Grande São Paulo. Ambos aprovaram o projeto com Júnior, mas não puderam vê-lo concluído. Inaugurar o restaurante sozinho foi muito triste, mas era o compromisso de continuar o trabalho.

Em 2003, já com nove lojas próprias, começou a receber muitas ligações de gente interessada em abrir franquias da Patroni. A ideia de adotar o franchising não lhe agradava, uma vez que temia que os franqueados não zelassem pela marca. Estudou o assunto e aprendeu que seria possível padronizar a operação. Isso lhe deu segurança para começar a expansão por franquias.

Montou uma cozinha central, onde os alimentos são produzidos nas porções exatas, prontas para ser finalizadas. Com isso ganharam escala e puderam aumentar rapidamente o número de restaurantes. 

A marca também decidiu apostar no projeto sustentável “Eco Pizza”, que visa substituir o tradicional uso de madeira de eucalipto pelo briquete, lenha ecológica produzida com material 100% reciclado e classificada como ecologicamente correta pelo IBAMA. Atualmente é preservada uma área de floresta maior que 100 estádios do Maracanã demonstrando dessa forma a preocupação ambiental da rede.

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