O mercado de franchising registrou, mais uma vez, resultados positivos em um cenário econômico desafiador. Mesmo diante das adversidades causadas pela greve dos caminhoneiros, a Copa do Mundo e de um ambiente político conturbado, as franquias que atuam no País ajudaram o setor a crescer 7% em 2018, na comparação com o ano anterior.
O balanço prévio foi divulgado nesta terça-feira (22) pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). Caso se comprove — o resultado consolidado do setor será divulgado em fevereiro —, o faturamento das redes franqueadoras deve atingir, pela primeira vez desde o início da série histórica, valor acima dos R$ 170 bilhões.
Para o presidente da ABF, André Friedheim, o resultado se deve a abertura de novas unidades e o impacto da melhora da confiança por parte de empresários e consumidores.
“Houve uma recuperação perceptível das vendas no varejo e especificamente no franchising neste último trimestre, somada a um sentimento de maior otimismo refletido na elevação da bolsa e de outros indicadores, como os de confiança, por exemplo”.
Ainda na visão do executivo, o salto do franchising também é resultado de uma série de inovações desenvolvidas pelas redes de franquias que as ajudaram a enxugar custos e alcançar melhores resultados. Para se ter uma ideia, um estudo recente da ABF mostrou que 92% das franqueadoras que atuam no País investiram em algum tipo de inovação nos últimos anos.
Receitas somadas das franquias em 2017: R$ 163 bilhões
Receitas somadas das franquias em 2018: ao menos, R$ 170 bilhões
Unidades
Se levarmos em conta apenas o número de unidades de franquias em operação no País, a associação registrou um crescimento de 5% no ano passado, frente a 2017. Em intervalos anteriores, o mesmo índice havia registrado avanço de 1% a 2%. Sendo assim, é possível mensurar que existe no mercado um maior interesse por abrir franquias.
“De fato, observamos uma disposição maior das redes e candidatos a franqueado a investir. Na ABF Franchising Expo, por exemplo, observou-se um público visitante variado e com feedbacks positivos por parte das marcas”.
Já o total de redes franqueadoras em operação no País cresceu 1% em 2018, também na relação com 2017.
Em quantidade de vagas de trabalho criadas pelo franchising, o setor registrou um avanço de 8%, enquanto nos levantamentos anteriores o índice médio ficava entre 0,2% e 1%.
Para a ABF, o avanço no número de postos de emprego no setor se deve a melhora do quadro econômico, bem como a aplicação de novos modelos de contrato entre patrão e empregado, a exemplo do trabalho intermitente, que é uma das mudanças previstas na reforma trabalhista.
2019
Neste ano, a associação que zela pelo franchising no Brasil estima um novo crescimento entre 8% a 10% em receitas, na comparação com o faturado no ano passado. Quanto a geração de novos empregos, a previsão é de alta de 5%.
A mortalidade das franquias — que leva em conta a porcentagem de unidades de franquias que fecharam em relação as que estão em operação — ficou em 1% em 2018 e deve repetir o resultado neste ano.
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Por Sammy Eduardo