Mercado de franquias acelera, a recuperação iniciou em julho

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Mercado de franquias acelera recuperação em julho

29/09/2020

O setor de franquias acelerou sua trajetória de recuperação em julho, registrando uma redução média de faturamento de 7,2% em relação ao mesmo período de 2019. É o terceiro mês consecutivo de recuperação.

É o que mostra o estudo da Associação Brasileira de Franchising – ABF em parceria com a empresa de pesquisas AGP.

Tal desempenho é atribuído a melhora do quadro geral da economia e do setor, incluindo agendas mais avançadas de reativação econômica, maior número de unidades em operação, fortalecimento dos canais digitais e a melhora na confiança por parte do empresariado e do consumidor.

A manutenção dos juros em níveis historicamente baixos e os programas de renda emergencial também impactaram positivamente.

“Em linha com o que vínhamos acompanhando, nosso estudo identificou um movimento importante de recuperação em julho.

De fato, o quadro macroeconômico melhorou muito, mas creio que o esforço das franquias desde março no sentido de intensificar o suporte aos franqueados, digitalizar processos e canais de venda, reconquistar o consumidor e buscar alternativas de negócio tenham surtido efeito.

A maior operação dos shoppings, com todos os cuidados necessários, é outro fator que impulsionou o setor.

Nos próximos meses, esperamos que essa melhoria fique mais homogênea, abrindo caminho para resultados ainda melhores”, afirma André Friedheim, presidente da ABF.

 

Pela primeira vez deste o início da pandemia, segmentos do franchising voltaram a registrar crescimento no faturamento na comparação com o mesmo período de 2019.

É o caso de Casa e Construção que registrou um crescimento de 36% em relação a julho do ano passado.

 

“É um número que chama a atenção, mas temos que ter em mente que a pandemia represou vendas e mudou sazonalidades.

Como vários indicadores e estudos apontam, o fato de as pessoas passarem a quase totalidade do seu tempo em casa levou a investimentos e melhorias como reformas, compra de móveis e decorações, montagem de escritórios e até a aquisição de piscinas.

No entanto, isso não seria possível sem a força destas marcas, seu intenso trabalho de comunicação e a criação de novos canais de venda”, explica André Friedheim.

Comunicação, Informática e Eletrônicos apresentou uma taxa de expansão significativa.

Neste caso, a intensa digitalização dos negócios e da comunicação foram os principais impulsionadores. Serviços e Outros Negócios cresceu 9%, alavancados por serviços logísticos e B2B.

“Fora os fatores mercadológicos, cabe mencionar a capacidade de reinvenção do setor e a preparação para atender esse aumento de demanda em um contexto ainda delicado”, disse o presidente da ABF.

Merecem destaque ainda os segmentos que, embora não tenham crescido, estão mais próximos dos resultados de 2019. São eles Saúde, Beleza e Bem Estar, com redução de apenas 2%, e Limpeza e Conservação, com queda de 6%.

 

“Saúde e Beleza está atendendo a demanda reprimida destes meses, mas também se beneficia de venda de pacotes e de ter investido no passado em um relacionamento mais digital com seus clientes.

Já Limpeza e Conservação tem uma demanda grande para serviços de sanitização de perfil variado”, disse o presidente da ABF.

 

O estudo ABF/AGP apontou também que 5,1% das unidades de franquia estiveram fechadas temporariamente em julho, queda de quase seis pontos percentuais em relação a junho.

A taxa de encerramentos definitivos chegou a 2% e a de repasse a 0,3%.

A pesquisa confirmou também uma tendência importante no setor: a digitalização dos canais de venda.

Notou-se uma migração das vendas via lojas próprias e franqueadas para e-commerce (que passou de 2,1% em 2019 para 2,9% em 2020), aplicativo de delivery (2,1%), aplicativo próprio (0,7%) e vendas por Whatsapp (1,7%).

Vendas por canais alternativos como venda direta, catálogo e parceiros passaram de 2,7% para 4,9%.

Além disso, quase 70% das redes alegaram trabalhar com o canal e-commerce, enquanto essa taxa em 2019 era de 61,1%. A participação dos franqueados neste canal também deu um salto, passando de 51,9% em 2019 para 91,6% em 2020.

A tendência de maior dispersão geográfica do franchising pelo país se manteve.

Como mostram os gráficos abaixo, houve uma queda na participação do Sudeste no volume total do faturamento do setor e crescimento em estados fora do eixo RJ-SP.


“O franchising mantém sua caminhada gradual para além do eixo Rio-São Paulo.

Esse movimento abre novos mercados, dispersa riscos e atinge toda uma nova gama de públicos e investidores. Inclusive, uma pesquisa recente do IBGE apontou o crescimento de cidades médias e polos regionais, muitos deles ligados a agricultura.

Certamente, isso é uma grande oportunidade de negócio e o franchising está antenado a este movimento”, ressalta André Friedheim.


 

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