Home-office são modelos de franquias para atrair investidores

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Franqueadoras apostam no modelo home-office para atrair investidores

20/07/2017

DCI – Pedro Arbex – 07/07

 

Formato, que permite o franqueado tocar o negócio de casa, ganhou popularidade por ter baixo investimento; para marcas, estrutura se tornou a ‘porta de entrada’ para abertura de lojas físicas

Em um momento em que a demanda por franquias de baixo investimento tem bombado no setor, redes investem no modelo home-based para atrair franqueados. O objetivo com o movimento é que posteriormente o investidor migre para os formatos mais caros.

Exemplo disso é a Vilesoft, franqueadora do segmento de tecnologia que lançou em março deste ano sua franquia home-based (que permite ao franqueado operar o negócio de sua própria casa). De acordo com o CEO da companhia, Roger Maia, um dos objetivos com o lançamento “é que o modelo sirva para atrair franqueados para a rede, para que depois eles migrem para o office premium (formato de loja com investimento de R$ 75 mil).”

 

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Para estimular ainda mais o movimento, o empresário afirma que ao migrar para o modelo mais caro, a taxa de franquia paga na primeira aquisição é descontada do valor total da nova compra.

A rede de lojas de bijuterias MyGloss inaugurou há poucos meses o formato e também afirma que a ideia é que ele seja uma ‘porta de entrada’ para o franqueado. “Essa migração naturalmente vai acabar acontecendo, mas vai depender do perfil de cada franqueado”, afirma o CEO da empresa, Rodrigo Stocco.

 

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Mesmo com o objetivo, as expectativas em relação ao modelo são altas e a rede espera que as franquias home-based representem, até o final do ano, entre 15% a 20% do faturamento mensal. Em termos de unidades, a previsão para o período é que 65 franquias já estejam em operação. “Estamos com dois franqueados rodando e temos sentido uma demanda muito grande”, diz.

Com o modelo home-based já consolidado na rede, a Seguralta, focada na venda de seguros, tem percebido na pele a migração de franqueados para modelos mais caros. O CEO da empresa, Reinaldo Zanon, diz que são muitos os casos de investidores que começam com o formato mais barato, mas que depois sentem a necessidade de migrar para o de loja. “Temos um franqueado que começou no home-based, depois abriu uma loja, outra e agora já está em vias de abrir a terceira”, exemplifica Zanon. A companhia, que já possui 800 franquias do formato em operação, estima que mais 300 sejam inauguradas este ano.

 

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‘Turnover’ maior

Apesar dos benefícios para a franqueadora e da atratividade para o investidor – principalmente pelo investimento e custos fixos menores, e pela maior rapidez para atingir o ponto de equilíbrio e recuperar o aporte -, o ‘turnover’ do modelo home-based é consideravelmente maior, se comparado com outros formatos.

“A taxa de desistência de uma franquia home-based é bem maior do que a de uma loja. Como o aporte é baixo a pessoa é mais propensa a desistir. O comprometimento financeiro é menor”, diz Zanon.

Na rede, conta, a taxa de desistência gira em torno de 10%. Em outras palavras, a cada dez investidores que compram uma franquia do modelo, um desiste ainda no primeiro ano. O percentual de desistência esperada para o modelo é o mesmo na Vilesoft, segundo Maia, de 10%. Assim como Zanon, ele credita a taxa maior de desistência ao investimento baixo e ao fato da rede não exigir dedicação total ao negócio.

A rede já comercializou oito unidades do modelo e espera fechar o ano com 20 franquias home-based vendidas. Com o resultado a expectativa é que o formato represente 10% do faturamento mensal do grupo.

Crescimento

Atualmente, o modelo home-based representa 5,3% do mercado total, de acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). A participação é considerada baixa pelos três entrevistados, que apontam que o formato deve apresentar um crescimento expressivo nos próximos anos.

“Esse modelo no Brasil ainda é um bebê. Em outros países a representatividade é muito maior. A tendência é que ele cresça muito daqui para frente”, afirma o CEO da MyGloss , Rodrigo Stocco. Para Maia, da Vilesoft, o formato pode chegar a representar 15% do mercado de franquias. “Ele tem ganhado relevância com a crise, mas é uma tendência independente dela”, finaliza.

 

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