Com projeção de abertura de 130 novas lojas em quatro anos, companhia amplia fábrica e aposta em lojas de rua
Com mais de 200 lojas e sólida presença nos principais centros urbanos, a HOPE – uma das maiores marcas de roupas íntimas do País – agora volta sua atenção às cidades com menos de 200 mil habitantes.
No mercado de lingeries há mais de 50 anos e com a maior parte de suas unidades estabelecidas nos maiores shoppings centers do Brasil, a empresa tem como foco de seu processo de expansão nacional os municípios de médio e pequeno porte sem grandes centros comerciais.
Atualmente, o Brasil tem 326 municípios com mais de 100 mil habitantes.
Desses, 155 estão na faixa entre 100 mil e 200 mil moradores, o alvo preferencial da companhia.
Em uma analogia à estratégia do Oceano Azul, que se refere à busca de mercados com pouca – ou quase nenhuma – concorrência como fronteiras para novas ondas de crescimento, essas localidades são para a HOPE uma espécie de “Oceano Rosa”, com uma população total de aproximadamente 23 milhões de pessoas.
Nessas cidades, a estratégia da empresa é a abertura de lojas de rua, que além de custos operacionais menores do que as unidades de shoppings, ainda têm como vantagem a necessidade de menor investimento inicial – enquanto as operações em grandes centros comerciais exigem aporte de R$ 460 mil, as de rua podem ser abertas com R$ 250 mil.
Nos próximos quatro anos, a HOPE projeta a abertura de 200 novas unidades de rua em todo o País.
Para dar suporte ao crescimento da rede, a companhia duplicou a área de sua unidade industrial em Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza.
Lojas de rua, com projeto arquitetônico diferenciado
O caminho encontrado pela empresa para ingressar nesses mercados foi a criação do modelo de negócio Light, com valor de investimento inicial em torno de R$ 250 mil.
Segundo o gerente nacional de expansão do Grupo HOPE, André Momberg, a estratégia recebeu grande impulso desde o começo da pandemia, tanto por questões econômicas como sanitárias, e tornou-se no momento a opção mais acessível para implantação em municípios menores.
Hoje, o modelo Light já responde por 17% da receita de franquias da empresa – até o fim do ano, a projeção é de que 15 novas lojas sejam inauguradas.
“Vários fatores fizeram com que olhássemos mais atentamente para as lojas de rua, que se destacaram com os shoppings fechados.
Um exemplo: é mais fácil para elas atender por delivery.
Assim, elas passaram a ter um bom desempenho, mesmo com o isolamento social”, diz Momberg.
“O modelo de loja Light se encaixa muito bem em cidades de 100 mil a 200 mil habitantes, e isso tem dado muito certo.”
Para reduzir os valores de investimento na abertura de novas unidades, viabilizando assim a expansão da Hope em território nacional, as lojas do modelo Light contam com um projeto arquitetônico adaptado O valor para abertura de uma loja de rua é bem inferior ao necessário para a operação em shoppings, que fica na faixa de R$ 400 mil.
“A diferença é significante e atrativa”, comenta Momberg.
“Acreditamos que a capacidade de expansão neste formato é imensa, com a possibilidade de dobrarmos o volume de unidades da rede.”
Área duplicada e capacidade para mais 600 funcionários
Até junho, o Grupo HOPE deve concluir a alocação dos espaços operacionais de sua unidade em Maranguape.
Recentemente, a empresa investiu R$ 8 milhões na compra de uma área adjacente de 17 mil metros quadrados, o que resultou na ampliação do complexo de 16 mil metros quadrados para 33 mil metros quadrados.
Além de centralizar as operações industriais, a unidade também inclui o centro de distribuição da companhia.
A HOPE investiu na construção de novas edificações, o que aumentou a área construída para 9 mil metros, também expansíveis para dar suporte ao crescimento da companhia.
Como resultado, a unidade poderá receber outros 600 novos colaboradores nos próximos anos.
Atualmente, o complexo industrial gera 850 empregos diretos, além de 450 vagas indiretas em oficinas externas.
Segundo o diretor da unidade industrial, Antoniel Fontenele, responsável pela operação, a ampliação do espaço dará à companhia a possibilidade de aumentar sua produção de forma significativa nos próximos anos, a depender do desenrolar da atual crise sanitária.
Até o final de março, sete das 40 células de produção haviam sido alocados.
Já estão em operação nos novos espaços os setores de alças, recebimento de matéria-prima e parte do almoxarifado. Em breve, serão implantadas novos ambientes para as áreas de corte, almoxarifado, mecânica e matéria-prima.
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