Crise não desanima empresas de acessórios para celular

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Crise não desanima empresas de acessórios para celular

07/01/2016

 

A crise não desanima duas empresas que vendem acessórios para smartphone. A i2Go e a iSolution, ambas de São Paulo, se preparam para 2016 com certa dose de otimismo, mas apontam o dólar alto como principal desafio para o crescimento.

De acordo com os últimos dados divulgados pela consultoria IDC Brasil, ocorreram duas quedas consecutivas nas vendas de smartphones: 13% no segundo trimestre e 25,5% no terceiro, respectivamente, em comparação com iguais períodos do ano anterior. “Não tem como falar que a crise não afeta. Os consumidores estão mais cautelosos na hora de comprar. Mas não vendemos só para o novo cliente, mas para qualquer pessoa que tenha um smartphone”, afirma Marcelo Castro, sócio da i2Go com Daniel Doho.

A empresa atua em mais de 3 mil pontos de venda, quase metade em lojas de conveniência de postos de combustível, com displays para comercializar cabos, tomadas e fones de ouvido. A proposta é atrair, por exemplo, o consumidor que está com pouca bateria no celular e precisa de um carregador para saber o trajeto ou simplesmente não quer ficar sem conexão.

O primeiro negócio dos amigos foi importar e distribuir uma marca japonesa de acessórios. Mas as vendas pontuais e a dificuldade de lidar com os compradores fizeram com que os sócios buscassem a venda direta para o consumidor. Mas a experiência de abrir um quiosque mostrou à dupla que vender capas para celular era um desafio enorme por conta da variedade de modelos e opções. Marcelo e Daniel perceberam, entretanto, que os carregadores tinham boa saída e a venda era “mais fácil”.

A dupla, então, uniu-se ao terceiro sócio do negócio, Takeo Ishii, para lançar a i2Go. A estratégia inicial foi vender um display que custava R$ 1 mil com quantidade e preço fixos. “Isso ajudou a simplificar a operação. Não dávamos opção para o revendedor”, revela Castro. Hoje a empresa também trabalha com ‘vending machines’ e estuda expandir por meio de franquias.

Antes, eles terão de lidar com a economia. Segundo Castro, o que mais impactou a empresa foi a alta do dólar. Houve um reajuste de preços de 15% em julho e atualmente os empreendedores estudam se haverá necessidade de um novo aumento. Mesmo assim, para 2016, o plano é lançar uma linha premium de acessórios e outros produtos, como uma carteira que fica colada no aparelho e um ventilador portátil. A meta é alcançar faturamento de R$ 20 milhões, frente aos R$ 12 milhões de 2015 e aos R$ 5 milhões obtidos em 2014.

Já a iSolution, que trabalha com serviços de assistência técnica e venda de acessórios, também planeja novas estratégias para o ano que vem. O fundador do negócio, Leonardo Caetano, vai testar agora em janeiro uma impressora 3D para customizar capas e outros itens. “Vamos testar e depois os franqueados também poderão oferecer o serviço para atender o mercado corporativo e o varejo”, planeja Caetano.

O empresário ainda estuda vender aparelhos seminovos em parceria com uma empresa de recompra de iPhones. “A crise afetou, como afetou todo mundo. Mas as vendas não tiveram redução. O dólar subiu e a margem foi reduzida. É preciso ter agilidade e flexibilidade para driblar os problemas”, afirma. Hoje, a rede é formada por três lojas e 19 quiosques instalados em shoppings. Apenas uma unidade é própria, as outras são franquias e registram faturamento mensal entre R$ 80 mil e R$ 160 mil.

 

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Estadão PME – Gisele Tamamar – 05/01

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