Preço baixo e inovação combatem a crise. Confira!

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Preço baixo e inovação combatem a crise

05/09/2017

Valor Econômico – Jacílio Saraiva – 31/08

 

Crise se combate com preço baixo e inovação, expansão planejada e diversificação de mercados. É o que afirmaram os palestrantes convidados pela Maratona Valor PME 2017 Nordeste/Líderes Inspiradores, realizada em Fortaleza, neste mês de agosto.

“Essa recessão é uma das piores que já vivi no Brasil”, avalia o sul-coreano Jae Ho Lee, fundador das marcas de franquia do Grupo Ornatus (Morana, Balonè e Love Brands) e presidente do conselho da Halipar, dona das redes de restaurantes Montana Grill, Griletto e Jin Jin.

No setor de franquias há 26 anos, o executivo orienta mais de 800 pontos de venda. “Estamos com queda nas vendas nas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) nos últimos três anos, mas vamos retomar o crescimento em número de unidades, entrando em cidades menores”, afirma.

No ano passado, o Ornatus e a Halipar faturaram R$ 750 milhões e a expectativa para 2017 é de um crescimento de 3%. Até dezembro, o investimento será canalizado para a criação de novos departamentos, como digital e logística, e na internacionalização da marca de bijuterias Morana, que já está presente no exterior em países como Estados Unidos, Portugal e Espanha. Os dois grupos abriram 35 unidades em 2016 e a previsão para 2017 é estrear 45 pontos.

A meta para 2018 é chegar a um crescimento de até 10% nos negócios, amparado pela entrada de novas lojas em municípios com até 100 mil habitantes.

O executivo também aproveita as oportunidades geradas pela crise econômica para fazer aquisições. Recentemente, a Halipar comprou o controle da rede Croasonho, fabricante de croissants recheados, que já conta com 72 unidades no Brasil.

Adriana Auriemo, diretora da Nutty Bavarian, rede de quiosques especializada em grãos torrados e glaceados, registrou queda no faturamento no primeiro semestre de 2017, ante o mesmo período de 2016. Sem revelar números, percebe a queda no fluxo de consumidores em shoppings e aeroportos.

O grupo criado em 1996, em São Paulo, tem 130 unidades no Brasil e vende mais de uma tonelada de castanhas ao dia. Nos Estados Unidos, já acumula seis pontos próprios. Para driblar a recessão, aposta em novas alternativas de venda, como encomendas para eventos e embalagens de presente. Também deve montar os primeiros quiosques em estações de metrô e grandes varejistas.

Com três modelos diferentes de quiosques, de dois a quatro metros quadrados de área, faturou R$ 56 milhões em 2016 e deve alcançar R$ 58 milhões, este ano. Abriu 30 unidades em 2016 e a previsão para 2017 é inaugurar 35 pontos. O plano em 2018 é crescer nos Estados Unidos e entrar na Europa, via Portugal e Espanha.

Para Cândido Espinheira, diretor-presidente da Yes!Cosmetics, com sede em Recife (PE), a receita anticrise é manter o preço acessível nas prateleiras. “Isso nos torna uma opção de compra mesmo em tempos difíceis”, diz. A empresa tem cerca de 90 unidades, sendo 50 próprias e 40 franqueadas. No início, em 2000, trabalhava apenas com venda direta, no sistema porta a porta e, em 2012, ingressou no varejo com estabelecimentos próprios. Há pouco mais de um ano, tornou-se franqueadora. “O próximo passo será montar o e-commerce para atender clientes sem loja em suas cidades.”

A Yes!Cosmetics faturou R$ 39 milhões em 2016 e pretende alcançar R$ 50 milhões em 2017 (alta nominal de 28%). Este ano, deve investir R$ 11 milhões, sendo 70% do montante para a abertura de novas franquias. O aporte é três vezes maior que o aplicado em 2016.

Álvaro Sant’Anna, presidente do conselho do grupo baiano Le biscuit, afirma que, apesar da retração econômica, a rede de lojas de departamentos cresceu 18% em vendas, no primeiro semestre de 2017, ante o mesmo período de 2016. No ano passado, inaugurou cinco lojas, enquanto três unidades já saíram do papel nos seis primeiros meses deste ano. “O foco foi olhar para ‘dentro de casa’, melhorar processos e fazer inaugurações estratégicas”, explica.

Com 87 unidades em 12 Estados, a receita bruta da empresa atingiu R$ 622 milhões em 2016. A expectativa para 2017 é crescer 20%, em vendas. Um dos segredos é apostar em produtos com valores mais acessíveis e boa margem, como itens para festas.

Marcelo Cesana, presidente da Frooty Brasil, fabricante de produtos com açaí, vai enfrentar o tranco da economia com mais oferta. No próximo ano, inaugura uma fábrica em Poços de Caldas (MG), que deve triplicar a capacidade de entrega diária, avaliada em 80 toneladas de creme de açaí. O investimento é de R$ 30 milhões. A companhia paulista exporta para mais de 20 países da Europa, Ásia e América Latina, e cresce 30% ao ano, desde a fundação, em 1994. “Inovação é a palavra-chave. Começamos vendendo potes de 200 ml e já criamos embalagens maiores, de um e dois litros.”

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