Mundo Animal transformou o combo temático em mina de ouro

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Franquia Mundo Animal

Como a Mundo Animal transformou o combo temático em uma mina de ouro nas franquias

11/10/2023

Mundo Animal, rede de restaurantes temáticos prevê fechar 2023 com receita de cerca de R$ 15 milhões apenas na venda de combos. No primeiro semestre, foram vendidos mais de 300 mil nas 75 lojas

Faz cerca de dois anos que a rede de lanchonetes temáticas Mundo Animal desbravou uma nova frente de faturamento milionária e reforço de marca dentro de suas franquias: o combo Alegria da Selva, que acompanha hambúrguer, batata frita e um brinquedo licenciado.

O produto se tornou uma forte plataforma de divulgação dos personagens próprios, da turma do Leonel, além de uma fonte para parcerias por meio do licenciamento.

O objetivo é fisgar tanto o público infantil quanto o adulto nostálgico.

Só no primeiro semestre foram 300 mil combos vendidos, de licenças como “Cabeça de Batata”, “Smurfs” e “Detetives do Prédio Azul”, que geraram um faturamento de R$ 8 milhões para a rede.

A soma até o final do ano deve chegar a 510 mil combos e uma receita de cerca de R$ 15 milhões.

A rede, que tem 75 unidades em funcionamento, prevê fechar o ano com um faturamento total de R$ 400 milhões.

Marcos Gundel, sócio e diretor-executivo da M&A Franchising, dona da Mundo Animal, conta que ficou surpreso ao perceber que a turma do Leonel foi a que mais vendeu no ano passado, superando títulos como “Looney Tunes”, “Bob Esponja” e “Jovens Titãs” em cerca de 20%.

Para este ano, a empresa resolveu dobrar a aposta e já escalou os personagens Leonel, Olívia, Zoe, Cleiton e Edu, em trajes de super-heróis, para a janela que vai do Dia das Crianças até o Natal.

Em janeiro, entra em campo o time da “Miraculous: as Aventuras de Ladybug”, e já há mais sete coleções previstas até 2025.

O combo nasceu em 2021, dez anos após a fundação da marca, e com o mercado de food service ainda vacilante durante os desafios da pandemia.

A coleção de estreia foi da Hello Kitty & Amigos, licenciada pela Sanrio, em julho daquele ano, e vendeu 50 mil unidades.

No ano passado, o faturamento dessa frente foi de R$ 12,5 milhões.

Gundel admite a inspiração no modelo de negócio do McLanche Feliz, do McDonald’s.

“Eles são pioneiros, têm um grande legado nesse mercado, inclusive de franquias, mas nosso plano sempre foi trabalhar os personagens para que eles ganhassem vida própria”, diz, em entrevista a PEGN.

Prova disso é que Leonel e a turma estampam as redes sociais da marca e têm uma série de itens vendidos nas lojinhas dentro dos restaurantes.

A aposta no licenciamento não é exclusividade da Mundo Animal.

Outras redes de franquias de alimentação também têm buscado a ferramenta como forma de atrair o consumidor mais jovem, saudosista ou geek.

No fim do ano passado, o Johnny Rockets anunciou um investimento de R$ 5,2 milhões para trazer brindes de marcas como “Looney Tunes” e “Friends” para as lojas.

Recentemente, o Bob’s apostou na nostalgia com “The Big Bang Theory”, e o Habib’s acaba de lançar uma ofensiva para o público infantil, com as linhas Nerf e L.O.L.

Até mesmo a Kopenhagen recrutou a “Wandinha” para o mês do Halloween, e a Cacau Show aposta nos 100 anos da Warner para chamar a atenção do consumidor.

Na Mundo Animal, a estratégia do foco nos personagens próprios, que também são os influenciadores digitais da marca, ajudou a rede a crescer, inclusive, no período mais agudo da pandemia: a expansão para São Paulo se deu em setembro de 2020, com as lojas ainda funcionando parcialmente.

“Nascemos com esse posicionamento de promover experiências e criar um elo emocional com o consumidor.

Miramos um mercado até então inexplorado e focamos nele.

Mesmo na pandemia, já vínhamos performando melhor do que muitos negócios já consolidados”, afirma Gundel.

Em termos de expansão, a Mundo Animal prevê abrir mais dez lojas até o final do ano e tem cerca de 60 em fase de obras para serem entregues até o primeiro semestre do ano que vem.

Recentemente, a rede começou a explorar um terreno novo para os negócios, em shopping centers.

A primeira unidade foi aberta no Raposo Shopping, em São Paulo, no último mês de março.

A próxima será no Park Europeu, em Blumenau (SC), ainda neste mês.

Hoje, a Mundo Animal trabalha com três modelos de negócio, que demandam investimentos iniciais de R$ 850 mil a R$ 1,5 milhão.

O mais barato é o Smart, que tem sido utilizado para ganhar espaço em cidades pequenas, de até 200 mil habitantes – atualmente, a rede tem 12 lojas em municípios de menor porte e pretende ampliar essa presença nos próximos anos.

A rede foi fundada em 2011 pelo ex-vendedor Ari Andrade da Silva em Capão da Canoa, no Rio Grande do Sul, e cresceu com um modelo similar ao licenciamento, chegando a 12 lojas.

Em 2018, a empresa ganhou novos sócios, entre eles, Gundel, e passou a se chamar M&A Franchising, para estruturar a expansão por franquias.

Foi nessa ocasião que o negócio foi reformulado, com inspiração em estratégias de varejo adotadas pela Disney e Cirque du Soleil, ganhando pocket shows diários e uma turma de personagens próprios, encabeçada pelo leão Leonel.

 

Fonte: PEGN

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