Novos canais são alternativas para chegar aos clientes

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Mais canais para chegar aos clientes

07/07/2017

Pequenas Empresas & Grandes Negócios – Mariana Iwakura – 30/06

Novos canais de venda, tecnologia que entrega informações, eficiência na operação. As franquias estão mudando para se adaptar aos novos tempos. Nesse movimento, tanto franqueadores quanto franqueados precisam passar por ajustes e trabalhar juntos.

Entre as tendências que movimentam o cenário do franchising estão a ampliação dos canais de vendas, a redução do tamanho das lojas e a utilização de tecnologias que tornam o negócio mais eficiente.

“A ideia do franqueador é abarcar outros consumidores sem ter de mudar o portfólio de produtos ou serviços”, afirma Altino Cristofoletti Junior, presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

O canal que mais ganha adeptos é o comércio eletrônico. Outra opção que começa a despontar é a venda direta, em que se faz a divulgação porta a porta dos itens da marca. Há ainda intermediários, como a plataforma iFood, que agrega diversas marcas de alimentação e recebe pedidos que serão direcionados para as unidades.

A grande questão é em que medida o franqueado está envolvido nas vendas dos outros canais – e se isso atende aos anseios do investidor. O dono da unidade pode, por exemplo, fazer as entregas do e-commerce ou controlar as vendas diretas daquela região. “Não adianta entrar na rede com a ilusão de que só haverá lojas físicas. Todas as marcas vão buscar outros canais de distribuição”, diz André Friedheim, sócio da consultoria Francap. “Mas vale perguntar ao franqueador quais são as regras e como a atividade irá impactar as margens de lucro do franqueado.”

Com a crise econômica, o mercado também enfrenta a redução da confiança dos empreendedores em fazer investimentos maiores em franquias. O quadro acelera a criação de modelos mais enxutos de negócios – quiosques, pop-ups em eventos e trucks. São lojas com faturamento mais baixo, mas também com custos reduzidos. “É uma unidade com portfólio menor de produtos, mas com possibilidade de ganhos”, afirma Cristofoletti.

Nesse cenário, ganharam força as microfranquias – unidades com investimento inicial de até R$ 90 mil. O número de redes que operam com esse formato no Brasil aumentou 45% entre 2013 e 2016, passando de 384 para 557, de acordo com a ABF.

Quem pensa em investir numa marca que começou a atuar com microfranquias ou formatos mais enxutos deve averiguar se as lojas tradicionais da rede estão consolidadas e rendendo. “É preciso avaliar o histórico de sucesso da franqueadora em outros formatos de loja”, afirma Adir Ribeiro, presidente da Praxis Business.

No campo da tecnologia, ferramentas de inteligência de negócios, como as que compilam características de clientes e as que apresentam indicadores de desempenho, abastecem os franqueadores de informações sobre cada unidade e criam bancos de dados relevantes. Também permitem definir benchmarks e boas práticas para toda a rede. “São sistemas que podem dizer, por exemplo, em que momento o estoque de uma loja vai zerar”, diz Ribeiro. Assim, os franqueados conseguem programar melhor suas compras e ter menos produtos parados.

Do lado da comunicação, redes que usam intranets e ferramentas como Skype reduzem o deslocamento dos consultores de campo e facilitam os canais de contato com franqueados.

As franqueadoras também investem cada vez mais em tecnologia. As redes sociais se tornaram uma ferramenta comum para buscar candidatos. “As estratégias incluem Facebook, Instagram, LinkedIn e Snapchat “, diz Friedheim. Os empreendedores – sobretudo os mais jovens – são atraídos por essas mídias e levados aos sites das empresas franqueadoras. Essas páginas, por sua vez, contêm cada vez mais vídeos, depoimentos e tutoriais sobre franchising. “É importante apresentar materiais para ajudar o candidato no processo de escolha. Quando ele vai para uma reunião com o franqueador, já está bem informado”, afirma.

O perfil do franqueado dono de diversas unidades também ganha espaço. Experientes e capitalizados, esses empreendedores trazem a vantagem de já conhecer o franchising a fundo, saber gerenciar equipes e precisar de menos treinamento. “As marcas buscam multifranqueados ativamente”, diz Friedheim.

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