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Empresário da região monta franquia pioneira de arroz-doce

24/09/2015

Diário do Grande ABC – Marina Teodoro – 13/09

Quem diria que um produto típico das festas juninas, pudesse ganhar espaço no dia dia do brasileiro pelo resto do ano? Parece ousada, mas essa foi a aposta do andreense Junior Leite, 39 anos, que decidiu criar uma franquia de quiosques de venda de arroz-doce na região, iniciativa pioneira no País.

A ideia inovadora surgiu em um curso de empreendedorismo, e veio como inspiração de um exemplo semelhante, de uma loja que vende o mesmo produto nos Estados Unidos. “Como é um produto que é já bastante conhecido, do gosto do brasileiro, achei que poderia dar certo”, comenta Leite.

O diferencial são os sabores: tem o tradicional, diet, amendoim, doce de leite, coco, avelã e a novidade, bicho de pé. Os valores vão de R$ 8 (tradicional), R$ 12 (avelã). As porções vêm em um pote de 180g.

Para montar o negócio, que recebeu o nome de Dona Hortê, o empresário vendeu a antiga empresa de automação residencial, e investiu cerca de R$ 800 mil em toda a estrutura para a efetivação da loja, sendo R$ 90 mil o valor destinado para a abertura do comércio. “Além do quiosque, também tive que montar uma cozinha industrial para a fabricação do produto, já que a ideia é de se tornar franquia”, afirma o proprietário.

O empreendimento, que foi inaugurado há apenas dois meses, fica no Shopping ABC, em Santo André, e já trouxe retorno ao proprietário. Em dois meses de funcionamento, Leite já havia entrado em um ponto de equilíbrio nas contas. “No terceiro mês já obtive lucro”, comemora ele. A empresa, que conta com cinco funcionários, apresenta faturamento de R$ 32 mil, com 13% de lucro. Para o mês que vem, outra unidade deve ser inaugurada em mais um shopping da região. Além disso, há a expectativa de abertura de franquias e expansão para a Capital.

Planejamento

Além de coragem e sorte, Junior Leite contou também com muita pesquisa. Apesar de já estar inserido no setor empresarial há quase 20 anos, ele não se deixou levar pela empolgação. “Foram quatro anos estudando o mercado e produto, para então lançar.”

O momento econômico também foi um fator importante na hora de investir. De acordo com Leite, as dificuldades financeiras pelas quais o País está sendo afetado se tornou oportunidade. “Na crise é que a gente cresce”, afirma ele.

De acordo com o diretor regional do interior paulista da ABF (Associação Brasileira de Franquias), Filipe Sisson, para um empresário prevenido, o atual cenário pode servir como uma porta para possibilidades. “As ofertas crescem quando a demanda é baixa. Quando a situação está difícil, os preços caem, já que não há procura. Ótimos negócios podem ser fechados a partir daí.”

Saída

Quando a situação econômica vai mal, franquias podem ser uma saída para o empreendedor. “Com a estrutura de uma empresa grande, o investidor se sente mais seguro, porque não está sozinho para enfrentar os problemas. Muitas vezes, a rede tem capacidade de reduzir custos, por meio da gestão que há por trás do franqueado”, explica Sisson.

Durante o ano passado, o número de franquias nas sete cidades cresceu, no total, 13,8% em relação a 2013. Destaque para Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires, que aumentaram em 33,3% e 31,6%, respectivamente, conforme os dados da pesquisa feita pela ABF. Só no ano passado, 1.505 unidades estavam em operação no Grande ABC.

“Essa evolução se deve ao sucesso do franchising. Este ano, a estimativa nacional no primeiro semestre é de faturamento de 12% a mais que no mesmo período do ano passado”, confirma Sisson. Para o diretor, a região não fica de fora deste desempenho. “A tendência das franquias é sair das capitais e, no caso de São Paulo, o Grande ABC é o primeiro a receber essas lojas.”

Oportunidade

No ano passado o setor alimentício foi o segmento com maior adesão, com 31,2% das unidades espalhadas na região. Por ser o mais antigo em franquias, é natural que seja maioria, até pela situação econômica, que pede mais cautela ao investidor.

Entretanto, o segmento que reúne beleza, saúde, esporte e lazer, que no ano passado vinha em segundo lugar na quantidade de unidades, com 14,4%, neste ano, segundo o diretor da ABF, está superando o ramo da alimentação, na média nacional. “É importante ficar de olho nesse segmento, que, apesar da crise, cresce e pode se tornar tendência.”

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