Balas artesanais ganham espaço no Brasil com formas variadas

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Balas artesanais

Com variedade de desenhos e sabores, balas artesanais ganham espaço no Brasil

04/10/2016

Pequenas Empresas & Grandes Negócios – Tamires Lietti – 03/10

 

Balas artesanais são criadas das mais variadas formas. Tem bala de goma, recheada, com chiclete, molas e duras, entre outras. Em outros tempos, os doces eram feitos de forma artesanal, por pequenos produtores ou mesmo em casa.  Posteriormente, com a industrialização, grandes empresas dominaram o setor.

No entanto, algumas marcas estão revivendo a fabricação em pequena escala das balas. Além disso, as empresas criam docinhos com desenhos dos mais diferentes possíveis. Confira a história delas:

Papabubble

A Papabubble é uma franquia de balas artesanais originalmente criada em Barcelona. No mundo, são mais 42 duas franquias espalhadas por países como Alemanha, China, Estados Unidos e Japão. No Brasil, a única unidade da marca fica na Rua dos Pinheiros, em São Paulo, e é administrada pela arquiteta Mariana Charf, de 29 anos.

O primeiro contato da dona com a Papabubble foi durante uma viagem a turismo para Nova York, nos Estados Unidos, em 2010.

Apaixonada pela ideia, resolveu trazer a loja para o Brasil.  Para que fosse possível abrir uma franquia em terras brasileiras, Mariana passou três meses na Europa fazendo cursos para entender a gestão da franquia e a receita das balas. “Eu aprendi tudo por lá, desde a parte administrativa até a confecção dos caramelos e hoje eu sou responsável por ensinar tudo isso para os funcionários”, diz.

Ela afirma que investiu cerca de R$ 300 mil no negócio e que não é necessário ter experiência no ramo para se tornar um artista de bala. Todos os segredos são ensinados passo a passo para garantir que o produto fique minuciosamente delicioso.

Ainda em 2010, a Papapubble abriu suas portas com um catálogo de mais de 40 essências, entre sabores frutais, cítricos e genuinamente brasileiros, como açaí e jabuticaba. Na franquia paulista, trabalham somente dois funcionários, os chamados “candy makers” (“fazedores de doce”, em tradução livre).

Luiz Alexandre, de 24 anos, e estudante de gastronomia e Artur Trevisan, de 25, formado em artes visuais, são responsáveis por confeccionar as balas para casamentos, festas de 15 anos, festas infantis e para empresas como Google, Forever 21 e HBO.

O processo parece simples: açúcar, água, glicose são cozinhados em fogo alto até atingirem a temperatura ideal, que é mantida em segredo pela marca. A mistura é jogada em uma mesa fria, onde as cores são adicionadas e separadas para a confecção dos desenhos. A mesa quente é a última fase do processo, onde a massa fica mais maleável para que a parte estética seja feita e os aromas e sabores sejam adicionados.

As balas são vendidas por quilo e cada saco sai por R$ 160. O cliente pode escolher um sabor e até cinco cores para personalizar o exterior da bala e o pedido mínimo é de 4kg. O preço pode variar de acordo com o design proposto pelo cliente.

Rock Candy 

A Rock Candy  é uma loja de confeitos que, diferentemente da Papabubble, nasceu no Brasil. A marca de balas foi criada em 2011 pelo jornalista gaúcho João Mário Hoff, de 39 anos.

Em 2009, Hoff tirou um período sabático e viajou para a Austrália, onde começou a perceber a tendência que se formava em torno dos chamados “candy studios” (“estúdios de bala”). O jornalista percebeu que os negócios estavam tentando recuperar as técnicas utilizadas antigamente para a confecção de balas, que haviam se perdido com o tempo. “A bala se tornou um produto extremamente popular e industrializado, e a técnica sofisticada que era usada na Europa acabou se perdendo”, diz.

Hoff explica que, antes da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), as balas eram produzidas na frente do cliente, com técnicas minuciosas de pessoas que ganhavam a vida apenas confeccionando balas artesanais.

Na Inglaterra, esse tipo de negócio era muito comum. Foi por isso que, em 2010, Hoff decidiu embarcar em busca de alguém que pudesse ajudá-lo a estruturar um estúdio de balas artesanais no Brasil, onde a ideia ainda era pouco explorada. “Encontrei um senhor de 65 anos que fazia balas há 45, em Manchester. Não pensei duas vezes antes de oferecê-lo um contrato para trabalhar comigo. Eu precisava de alguém que soubesse muito”, diz.

Por cinco meses, o inglês ficou no Brasil e Hoff aprendeu as técnicas de confecção dos caramelos artesanais e capacitou funcionários para lidar com a mistura de glicose e açúcar que é aquecida em 150°C para depois ganhar cores e designs diferentes.

Atualmente, a Rock Candy faz balas para casamentos, batizados, mesmo aniversários de pets e também para o mercado corporativo, com doces para empresas como Facebook, Itaú, Dell e Santander.

Hoff afirma que as possibilidades desse tipo de negócio são infinitas. “O mais legal desse negócio é a liberdade de poder criar e enxergar o doce com outros olhos. As balas artesanais se adequam ao cliente e conseguimos fazer exatamente o que eles desejam, não existe um engessamento desse produto.”

O catálogo de produtos da Rock Candy é bastante variado. As balas são vendidas com os mais diversos formatos e sabores. Há balas exóticas como a bala de bacon e misturas como açaí com mirtilo e morango com melancia.

Os desenhos das balas atendem todas as faixas etárias: entre corações, frutinhas e carinhas felizes, alguns sabores vêm acompanhados de personagens famosos como os Angry Birds, Bob Esponja e Homem-Aranha. Os saquinhos custam em torno de R$ 15.

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