Baixo custo leva empreendedores a trabalhar em casa

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Baixo custo leva empreendedores a criar negócios em casa

16/08/2016

Passe a trabalhar em casa e ganhe dinheiro. A proposta é atraente, mas especialistas alertam que manter um negócio “caseiro” exige cuidados – e longa carga horária – para que dê resultado.

A designer Gabi Rodrigues, 30, abriu em setembro de 2015 um e-commerce homônimo de produtos de decoração, com quadros, bordados e luminárias, em seu apartamento de 50 m² em São Paulo.

O investimento foi baixo: cerca de R$ 1.000 em material, pequenos equipamentos para a confecção das peças e a abertura da empresa.

O lucro também é pequeno, cerca de R$ 500 mensais. Por isso, após 11 meses, a loja ainda não se tornou sua fonte exclusiva de renda.

A maior dificuldade dela é divulgar a empresa. Além do site, Rodrigues anuncia em plataformas como Mercado Livre, Olx e Enjoei. “Embalo e despacho as peças e me disponho a encontrar o cliente numa estação de metrô para fazer uma entrega.”

Rodrigues, contudo, é otimista com o futuro. “Já estou em fase final de negociação com grandes sites que vendem produtos de designers.”

Fazer um negócio de estrutura pequena deslanchar é o maior desafio de quem escolhe a própria casa como sede.

Um erro comum desses microempreendedores é misturar as contas de pessoa física e de pessoa jurídica, o que dificulta a identificação do gasto e do faturamento efetivo, o que pode ameaçar a renda doméstica.

A consultora de negócios Ana Vecchi orienta empreendedores caseiros a abrir contas separadas não só no banco, mas também de telefonia e internet para uso pessoal e profissional.

Já o consultor do Sebrae Fábio Gerlach recomenda cuidado extra com a rotina de trabalho. Muitos empreendedores têm dificuldade de separar as horas necessárias de dedicação aos negócios das demandas domésticas.

“Às vezes, a família não entende que a pessoa está ali, mas não pode sair da frente do computador para lavar a louça, por exemplo.”

Por isso, diz Gerlach, um dos primeiros passos para empreender em casa deve ser conversar com quem mora junto – e fechar a porta do escritório.

Firma pronta

Muitos empreendedores novatos apelam às microfranquias para ter a estrutura básica da empresa.

É o caso de Kátia Weigland, 39, que buscava um negócio para complementar sua renda como agente de turismo.

Ela investiu cerca de R$ 25 mil em uma franquia da Quinta Valentina, de sapatos, e recebeu um estoque de 80 pares, que armazena em casa.

“Apostei porque o investimento era baixo. Na pior das hipóteses, ficaria com os sapatos”, diz.

Weigland usa as redes sociais para receber pedidos e identificar perfis das clientes.

Para as vendas, o contato é mais pessoal. “Vou até as clientes, faço bazares e até as recebo em casa para um café e para apresentar as novidades”, afirma.

Weigland lucra cerca de R$ 2.000 mensais e calcula que sua franquia caseira cresça 20% por mês.

Segundo dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising), os negócios de “home office” correspondem a 4% do total das franquias.

Nesses casos, os consultores recomendam atenção redobrada para propostas milagrosas, que prometem faturamentos altos com pouca carga horária ou negócios em que a operação pareça fácil demais.

Para isso, o interessado deve checar a fonte das informações passadas pela franquia, como perspectivas de venda do setor e rentabilidade, e conversar com franqueados da marca para saber se a empresa oferece apoio. “Além disso, é indispensável se formalizar e contratar um contador, com referências ou indicação de colegas”, afirma Gerlach, do Sebrae.

Ex-proprietário de um lava-rápido, o empresário Alexandre Martin, 44, comprou há dois anos uma microfranquia de lavagem a seco delivery, a Auto Spa.

O escritório fica em seu quarto, o que evita alguns gastos, como aluguel.

A praticidade, contudo, não tornou sua rotina menos agitada. A carteira de 90 clientes exigiu visitas porta a porta e promoções, como lavagens grátis a clientes que indicassem o serviço.

Para conciliar as cerca de dez lavagens por dia, ele faz os agendamentos através do WhatsApp. O faturamento mensal é de R$ 7.000.

“Não existe fórmula mágica”, diz a consultora Vecchi. “Ser dono, trabalhar pouco e ganhar muito não existe.”

 

Folha de S. Paulo
Anna Rangel e Ricardo Bunduky – 08/08

 

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