Franquia de supermercado de sorvete: idéia quente da Gela Boca

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Tiago da Gela Boca, a franquia de supermercado de sorvete

Desistiu duas vezes da faculdade e transformou a sorveteria do pai em uma franquia de supermercado de sorvete

12/08/2019

Após desistir duas vezes de cursar a universidade, o paranaense Thiago Ramalho tomou uma atitude drástica e acabou criando um negócio inovador, uma franquia de supermercado de sorvete.

Foi aos 20 anos de idade, resolveu falar com o pai na decisão mais difícil da vida até então.

A conversa franca tinha como meta convencer quem mais apoiou seus estudos a apostar na sucessão dos negócios da família em detrimento do ensino superior.

Nove anos depois, ele comemora um faturamento de R$ 35 milhões na rede com 60 lojas.

E calcado na completa transformação de um negócio familiar em uma operação bastante inovadora no mercado de sorvetes.

“Eu sabia que acima de tudo era um sonho dele. Meu pai é um sujeito simples, que tinha como meta levar os filhos até o ensino superior.

Porém, entendi que seria um caminho mais prático e eficiente modernizar os negócios da família a mudar meu rumo por completo”, relembra Thiago, hoje aos 29 anos, eleito pela ACIM (Associação Comercial e Empresarial de Maringá) como o jovem empreendedor do ano na região.

 

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Na prática, Thiago deu vida nova à pequena rede de sorveterias gerenciadas pela família.

Sua ligação com o comércio começou aos 11 de idade, quando comunicou aos pais que gostaria de assumir um lugar no caixa da operação.

Ligado em todo processo produtivo da Gela Boca, conhecida de dez entre dez maringaenses na cidade, ele não demorou para começar a opinar sobre a gestão e a inovação no negócio.

“Gosto de dizer que quase nasci em uma sorveteria. A bolsa rompeu justamente quando minha mãe trabalhava atrás do balcão, mas foi após essa decisão de deixar a universidade que me cobrei para transformar de fato a Gela Boca em um negócio replicável e sobretudo lucrativo”, descreve.

Sob o comando de Ramalho, a Gela Boca adotou um novo posicionamento.

Para o jovem, era preciso fazer da sorveteria uma referência no setor capaz de vender produtos para praticamente todas as classes sociais e nos mais diferentes momentos de consumo.

Nascia aí a ideia do “supermercado do sorvete”.

O modelo que até certo ponto contrariava a opinião dos especialistas no setor deu certo.

Com mais de 60 unidades, as lojas da Gela Boca são capazes de vender picolés a partir de R$ 1 a potes de sorvete com até 2 quilos que custam cerca de R$ 32.

Também tem sobremesas prontas, picolés premiums, taças produzidas nas próprias lojas e é claro, o buffet que chega a atender milhares de pessoas nas unidades da rede.

A rede possui fábrica própria e produz cerca de 180 mil litros de sorvete por mês.

“A ideia sempre foi criar uma referência clara em relação ao produto e acompanhar o consumidor seja quem ele for, quanto ele ganhe e para qual loja ele for” explica Thiago sobre a operação que faz questão de contar com cestinhas e sacolas que fazem referência a um supermercado tradicional e prateleiras que contam também com todo tipo de acessório para as sobremesas, que vão de casquinhas até leite em pó.

As mudanças lideradas pelo jovem empreendedor também agregaram o negócio de franquia.

O modelo chamou atenção.

“Aconteceu naturalmente. As pessoas se identificaram com aquele modelo simples e familiar, mas que passou a investir pesado em identidade, com foco principal na qualidade de nossos produtos” relembra.

Em 2018, a Gela Boca inaugurou seu novo parque fabril na cidade de Maringá.

A planta com mais de 8,5 mil m2 emprega cerca 70 pessoas de forma direta e 500 de maneira indireta e utiliza tecnologia de ponta na produção das sobremesas.

“A nova fábrica é capaz de produzir sorvetes para mais de cem unidades. Esta é nossa meta para os próximos dois anos”, finaliza, de maneira ousada, o jovem empresário.

 

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