Novos modelos de franquias estão movimentando o mercado

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Novos modelos de franquias abrem opções de investimento para empreendedores

07/06/2021

Os novos modelos de franquias estão movimentando redes durante a pandemia. Eles abrem novas opções de investimentos para os empreendedores.

O setor de franquias é assim mesmo: dinâmico, inventivo e capaz de se adaptar a diferentes cenários rapidamente, enfrentando melhor os períodos de crise.

E não é de hoje que o franchising cria novos modelos de negócios para quem quer empreender.

De acordo com Claudio Tieghi, consultor da Kick Off Invest, “desenvolver novos formatos operacionais de franquias em situações de crise não é uma novidade no franchising.

Trata-se de estratégias de adequação aos momentos econômicos e sociais para garantir e ampliar a venda de produtos e serviços”.

Tieghi observa que “a crise mundial com a pandemia da Covid-19 gerou grandes impactos nos hábitos cotidianos das populações, exigindo a reconfiguração da forma de viver, trabalhar, se relacionar e consumir”.

Segundo o especialista, no Brasil, um efeito colateral que salta aos olhos é a bancarização da população das classes menos favorecidas por conta do pagamento do auxílio emergencial.

“A massificação do uso de tecnologias simples abre caminhos para aproximar os consumidores a produtos e serviços de qualidade que conseguem chegar às regiões mais remotas a preços competitivos”, diz.

As redes de franquias têm mantido e aprimorado seus planos de expansão, com novos modelos de negócios, alcançando investidores e cidades de todos os portes, em todos os cantos do País.

Foi o que mostrou uma recente Mesa-Redonda Virtual da ABF, sobre “Como avaliar opções de expansão fora do eixo tradicional”.

A Cacau Show, por exemplo, lançou uma loja Container, em que o módulo, mobiliário e ar-condicionado são locados ao franqueado. O valor do investimento inicial é de R$59,9 mil.

Outra novidade da rede é o investimento na área de Venda Direta – clientes que apreciam a marca, vendem bem, mas que não têm capital para investir em um ponto comercial – e está sendo bem-sucedida.

Segundo Arlan Roque, gerente de Expansão e Novos Negócios da marca, um grande passo foi quando a Cacau Show identificou o potencial de consumo específico de chocolate de cada município do Brasil.

O estudo feito por um instituto de pesquisa foi como a trufa que coroou o plano de expansão da rede.

E ainda, segundo Roque, a Cacau Show foi avançando em cidades que, até então, não estavam contempladas no plano inicial.
 

Formatos inusitados

Outro exemplo, a marca Ragazzo, do Grupo Habib’s, também investiu em novos formatos, até inusitados, para atrair investidores.

Sergio Iunis, diretor executivo do Grupo Habib’s, observa que no Ragazzo a franqueadora adota “modelos totalmente inusitados, desde lojas grandes com 350 metros até quiosques de seis metros quadrados”.

Para desenvolver os novos modelos de franquias, segundo Iunis, pensando em shoppings, em lugares inusitados, é preciso estudar muito, analisar vários modelos no exterior, entre outras ações.

Atualmente, há loja contêiner do Ragazzo em diferentes locais, como Parelheiros, bairro do extremo da zona sul de São Paulo, Franco da Rocha, cidade na região metropolitana, e na avenida Faria Lima, área nobre da capital paulista, com mix de produtos adaptados ao público da região em que esteja.
 

Quiosques e lojas

A rede Fuel The Eyewear Company combina quiosques e lojas como estratégias de diferenciação em seu projeto de expansão.

De fato, “as marcas começam de uma maneira e podem ir se desenvolvendo e crescendo para outros modelos de negócios”, diz Marcia Pereira, diretora de Franquias da rede de óticas e acessórios.

Para diferenciar o modelo de negócio, torná-lo mais atraente aos investidores e implantar o plano de expansão, a especialista explica que é preciso saber qual o perfil do público e qual o ticket médio.

Entender o cliente, entender a marca faz toda a diferença”, ressalta.

E mais um ponto que Marcia considera “importantíssimo: fazer o estudo de viabilidade do negócio”.

A Morana, rede tradicionalmente presente em shoppings, está explorando novos espaços em lojas de rua e em cidades de menor porte.

“Apesar da Morana ter nascido de uma loja de rua, ela se consolidou em shoppings”, conta Márcio Ucha, gerente de expansão da rede de acessórios femininos.

Para Ucha, na expansão, o profissional parte de três fatores principais.

Primeiro, “ponto é ponto e ponto. A gente precisa estar num bom ponto para que a chance de sucesso aumente”, diz.

Segundo, “uma boa marca pode fazer um bom ponto”. Na visão do executivo, nesse aspecto é possível também que essa marca atraia outras para o mesmo local.

E o terceiro e último fator, diz Ucha, é que “não adianta ter um ponto muito bom, com uma marca muito boa e uma gestão ruim”.

Já a Puket e Imaginarium, marcas formatadas mais para shoppings, também adequaram suas estratégias de expansão em virtude da pandemia.

Ambas as redes passaram a olhar com mais atenção projetos mais econômicos, espaços em rua e também em cidades menores.

De acordo com Liliana Martins, gerente de Expansão da Puket e da Imaginarium, que faz parte Grupo Uni.co, e que é detentor também das marcas Casa MinD e Love Brands, as franqueadoras já buscavam outras oportunidades de negócios para os investidores e colocaram em prática esses planos.

Segundo a executiva, é possível ter um projeto mais econômico, sem prejudicar o conceito arquitetônico e a experiência de compra do cliente.

O objetivo é reduzir o investimento inicial, melhorar o payback da operação e para o cliente as alterações de projeto são imperceptíveis”, afirma.

Liliana observa, ainda, que em muitos pontos, a chegada de uma marca consolidada era o máximo que o consumidor estava aguardando.

Falando de pontos alternativos, a executiva ressalta que a Imaginarium abriu recentemente uma unidade dentro do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
 

Cuidados

Contudo, Claudio Tieghi adverte que “é preciso ter muito cuidado na seleção dos novos franqueados”.

O consultor da Kick Off Invest lembra, ainda, “que o investimento menor para esses novos formatos é menor para a franqueadora, mas, para o investidor, o ‘valor’, ainda que pequeno, continua a representar, quase que invariavelmente, a economia de uma vida!”, diz.

Segundo ele, formatos operacionais mais enxutos requerem mais atenção, acompanhamento e orientação por parte da franqueadora.

“Portanto, é preciso se planejar bem para que a expansão aconteça de forma sustentável para todos”, observa.

Ainda de acordo com o especialista, “mais do que nunca, o uso de inteligência de mercado, a prática da multicanalidade e a rapidez na entrega serão os divisores de águas para quem quer expandir seus negócios.

Para novos investidores, fica a dica para questionar tudo isso em sua primeira entrevista com a marca. Sucesso a todos”, completa Tieghi.
 


 
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