Setores em mutação, formatos flexíveis e franqueados bilionários – saiba o que é mais marcante no franchising americano
58ª Convenção Anual da IFA (International Franchise Association) reuniu 3.800 franqueadores, franqueados e fornecedores e trouxe à luz algumas tendências do mercado americano de franquias. Saiba quais são as mudanças – que logo podem chegar ao franchising brasileiro.
- O culto ao bem-estar
Comida saudável e funcional, exercícios físicos e serviços de beleza inovadores: esses são os destaques dos setores relacionados a saúde e bem-estar. Os clientes – principalmente da geração millennial – querem alimentos como os probióticos, desejam se exercitar em academias de spinning e deixar os cílios curvados em clínicas especializadas. Este é o tempo de se sentir bem, e as marcas de franquias devem ficar de olho nesses setores.
- Dados para todos os lados
O termo big data está presente nas conversas de franqueadores e franqueados. Os dados em grande volume podem ser usados para determinar o melhor lugar para se abrir uma nova unidade, o mix de produtos mais adequado para uma franquia e o perfil ideal do franqueado. Ainda são poucas as redes americanas usando essa ferramenta de forma estruturada, mas cresce o interesse em usar dados para validar decisões.
- Investidores que miram os franqueados
Nos Estados Unidos, há multifranqueados – donos de muitas unidades, da mesma marca ou não – que são maiores do que diversos franqueadores. O maior franqueado do país, dono do grupo Flynn, que tem restaurantes Applebee’s e Taco Bell, fatura US$ 1,8 bilhão ao ano. Esse perfil de empreendedor tem atraído os fundos de investimento. Isso levanta questões ainda não respondidas: em que medida os franqueadores têm controle sobre quem recebe esses aportes? E os franqueados terão tempo para entregar os resultados a esses investidores, que querem vender suas partes em cinco anos?
- Métricas que levam à eficiência
Uma preocupação constante na convenção da IFA diz respeito às finanças da unidade franqueada. Mais e mais franqueadores estão preocupados com a lucratividade de cada loja – quando os resultados são bons, o franqueado se mantém adimplente no pagamento dos royalties e abre mais franquias. O desafio é traçar métricas com base nos dados fornecidos por toda a rede. Essas informações precisam ser passadas pelos franqueados e depois usadas para calcular tíquete médio, lucratividade, custo da mercadoria vendida e outros indicadores.
- Flexibilidade que facilita a expansão
O mercado internacional está na mira de muitas redes americanas. Um bom exemplo disso são as marcas de casual dining, como Applebee’s e Chili’s. Com o mercado local saturado, essas empresas buscam se expandir em países como o Brasil. Para ter uma operação eficiente em outros locais, no entanto, essas franquias precisam se flexibilizar em tamanho de unidade, cardápio, decoração e equipamentos utilizados. Se mantiverem o mesmo desenho das lojas dos Estados Unidos, essas redes não conseguirão montar unidades a um custo razoável.
Pequenas Empresas & Grandes Negócios – Mariana Iwakura – 13/02/2018
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