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Microfranquias, as pequenas notáveis

07/08/2013

JORNAL BRASIL ECONÔMICO – ÉRICA RIBEIRO – 02/08

Elas podem ser pequenas. Mas estão movimentando o mercado de franquias no Brasil. As chamadas microfranquias que pelo critério estabelecido pela Associação Brasileira de Franchsing (ABF) precisam ter um teto de investimento de até R$ 80 mil abrangem hoje 386 marcas atuantes, que movimentaram R$ 4 bilhões no ano passado. A mudança do valor máximo de investimento de RS 50 mil para R$ 80 aconteceu em maio desse ano e é baseado no Produto Interno Bruto (PIB) per capita do país, como explica Edson Ramuth, diretor de Microfranquias da ABF.

"As microfranquias precisam atender os mesmos princípios do setor de franquias em geral. O que muda é o valor do investimento. É considerada microfranquia aquela que responde por três vezes o PIB per capita no Brasil, que está hoje na faixa de US$ 12,5 mil. São marcas que crescem 25% ao ano, enquanto o setor de franchising como um todo cresce 16%", explica Ramuth.

O motivo para todo esse crescimento, diz o diretor da ABF, está no novo perfil da população brasileira. De acordo com Ramuth, o que não falta é espaço para que o setor de franquias e sobretudo das microfranquias se desenvolva por aqui. Segundo ele, enquanto nos Estados Unidos as franquias respondem por 10% do PIB, por aqui o percentual é de apenas 1%.

"O Brasil está se tornando um país da classe média e pesquisas mostram que 53% dessa população tem desejo de ter um negócio próprio", diz. Os setores de serviços e educação, além daqueles voltados para beleza e de serviços limpeza e manutenção do lar estão entre os mais procurados.

A rede Mega Mate, com 102 lojas no país, é uma das empresas que lançaram recentemente um formato de microfranquia, com unidades de 9 metros quadrados e investimento de R$ 70 mil. Fátima Rocha, diretora executiva da marca, aposta no novo modelo como forma de atrair mais empreendedores . Uma loja está em teste no Centro do Rio de Janeiro.

"É uma excelente oportunidade para quem que abrir um negócio e dispõe de menos recursos. O formato oferece o mesmo mix de produtos encontrado nas demais lojas", explica a executiva. Mas apesar de toda a pujança do mercado de franquias como um todo, Ramuth diz que o Brasil está longe de ser a 'bola da vez' para a entrada de microfranquias internacionais por aqui.

"No caso de grandes grupos internacionais, ainda percebemos esse movimento. Mas especificamente em microfranquias, a prioridade é buscar países com um PIB acima de 4%. Há dois meses esse assunto fez parte das discussões de uma convenção internacional em Nova York", acrescentou o diretor da ABF.

Ele aposta, sim, em grandes redes brasileiras investindo nos formatos de microfranquias para formar empreendedores que, com o tempo, podem migrar para formatos maiores.
E é justamente esse o pensamento do Grupo Multi, franqueadora que atua na área de educação com as marcas Yázigi, Wizard e Microlins. Arno Krug Jr, diretor de expansão e novos negócios do Grupo Multi, diz que o investimento em microfranquias é uma porta de entrada para novos empreendedores. A outra vantagem é poder chegar a cidades do interior do país. No caso do Grupo Multi, a entrada em municípios com população inferior a 200 mil habitantes levou à descoberta de um novo empresário: o professor.

"O professor pode, inclusive, montar a sua franquia dentro de casa, com investimentos em torno de R$ 10mil, caso da franquia da rede Smartz, que lançamos em 2011 e foi a nossa entrada no segmento de microfranquias. A Smartz foi criada para o ensino auxiliar de alunos em português, matemática e inglês", diz Arno.

O segmento de microfranquias responde hoje por 8% do faturamento total do Grupo Multi.

Tratamentos para cílios e sobrancelhas em 25 metros

Um dos segmentos que mais se desenvolve no universo das microfranquias é o de cuidados com a beleza. Uma das marcas que apostou em formatos menores é a rede Spa das Sobrancelhas, que trabalha exclusivamente no tratamento de sobrancelhas e cílios, e prevê chegar a 400 unidades até o final do ano. Renata Galante, vice-presidente da rede, destaca que a operação exige no mínimo de 25 metros quadrados, que pode ser uma sala comercial. O custo da franquia é de R$49,9 mil.

Ambev aposta nos pequenos formatos nas capitais

Lançada em 2011, o modelo da franquia Nosso Bar, da AmBev, tem 300 operações em São Paulo e se prepara para abrir as portas no Rio. É destinado a pequenos empreendedores de bairros periféricos e de grandes centros também. O investimento na franquia é de R$ 28 mil. O projeto pretende incentivar negócios familiares na classe média e desenvolver o bar popular, respeitando as características de cada bairro e franqueado. O investidor pode escolher o nome do estabelecimento e o cardápio.

Aulas de idiomas e informática até mesmo em aeroportos

O Grupo Multi, que deu os primeiros passos no segmento de microfranquias com a rede Smartz, de reforço escolar, parte agora para modelos compactos de algumas de suas grandes marcas. Microlins, Wizard e Yázigi agora passam a ter também módulos de 12 metros quadrados, com investimento inicial de R$ 7,5 mil. 0 formato é ideal para pequenos espaços, como lojas em aeroportos. A primeira unidade será aberta em Santos, na semana que vem.

A multiplicação dos profissionais cuidadores

A microfranquia da Home Angels, uma das marcas do Grupo Zaiom, é especializada em oferecer serviços para idosos com limitações físicas, doenças que necessitam de cuidados específicos ou que necessitam de companhia. O atendimento inclui pessoas de qualquer idade em recuperação cirúrgica, gestantes e bebês. O investimento é de R$ 30 mil. A enfermeira Elaine Cristina Barbosa Rodrigues é franqueada e tem hoje duas unidades em Campinas.

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