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10 inovações que mudaram o mercado nos últimos anos

08/07/2014

10 inovações que mudaram o mercado nos últimos anos
Respondido por Fernando de La Riva, especialista em negócios digitais

Startups de tecnologia têm o poder de alterar completamente a dinâmica de negócio em um segmento pré-existente, criando um novo conjunto de regras que surpreendem os “jogadores”, já que um entrante leva clientes e faturamento, antes protegidos por capacidades competitivas que não são mais relevantes. 

Esse é o sonho de 10 em cada 10 empreendedores de tecnologia: pegar um mercado enorme e jogar o velho livro de regras fora enquanto “rouba” mercado dos senhores.

É muito complexo dizer qual o atual DNA da inovação extrema, a tal disrupção. Eu arriscaria dizer que ela se faz por um encontro de três forças: mobile, cloud e social. Além disso, vemos um movimento de eliminação de intermediações em setores muito regulados, nos quais você deve buscar uma brecha no livro de regras atual (realidade percebida) e o livro de regras real (realidade). E, assim, “hackear” o sistema.

Listei aqui o que considero que foram os dez maiores disruptores do mercado recente de tecnologia:

1. Tinder: o aplicativo alterou o jeito como as pessoas “flertam”, inserindo um componente mobile e social (seus amigos e interesses em comum referenciam um potencial “date”) para atacar um mercado dominado por modelos de negócio baseados em web. Um ponto muito relevante é que quem desenvolveu o app foi a própria IAC, dona do match.com, OKcupid e do Par Perfeito no Brasil. A lógica aqui é atacar primeiro antes que um novo entrante o faça.

2. Kickstarter: o crowdfunding alterou a forma que o capital de risco é fornecido para startups e permitiu aos consumidores tomarem o papel de investidores-anjo como forma de trazer sua ideia à vida.

3.Whatsapp: quando um aplicativo de mensagens chega a 500 milhões de usuários mensais ativos e tem mais volume de mensagens que todo o tráfego de SMS do mundo você fica pensando como devem ter ficado felizes os acionistas das Teles. O modelo de negócio tem tantas implicações por ser mobile e social que atacou também o conceito ortodoxo de rede social, tanto que foi adquirido “por segurança” pelo Facebook.

4. AirBNB: a chamada economia do compartilhamento atacou frontalmente alguns setores. A indústria de hotelaria nunca mais vai ser a mesma quando você oferece uma opção boa e barata e sem necessidade de investimento para dar liquidez. Cidades com déficit de quartos como o Rio de Janeiro tiveram um crescimento vertiginoso da adoção do portal.

5. EasyTaxi, 99Taxis: o capitalismo de laços brasileiro criou um emaranhado regulatório que permitiu que alguns setores, mesmo prestando um péssimo serviço como o de cooperativas e pontos de táxi, continuassem funcionando. Os apps de chamada de táxi tiraram o “homem do meio” e deram liquidez e agilidade para taxistas chegarem aos seus clientes finais de forma direta e eficiente.

6. Spotify/Deezer: quando você pode pagar um valor mensal e ter acesso a uma quantidade infindável de músicas em tempo real, toda a estratégia de distribuição de música foi atacada. Inclusive com um efeito benigno, assim como não vale mais ter CDs também não vale a pena piratear música.

7. UBER: se o elo fraco da cadeia foi eliminado pelos apps de táxi, a mesma coisa não aconteceu no Brasil com o conceito de compartilhamento de carros para transporte executivo como opção para os táxis. Como o ambiente é politicamente muito explosivo, nem o UBER nem seus copycats brasileiros (gojames) prosperaram aqui. O principal conceito aqui é eliminar a intermediação entre quem tem tempo e algum ativo (motoristas) e quem precisa do serviço. Isto é uma reinvenção do conceito de emprego e a eliminação da figura do empregador, que pode ser aplicado a inúmeros outros mercados.

8. Dropbox, Box: o Dropbox simplesmente funciona. Você até esquece que ele existe e pensa como viveu até hoje sem ele. Para um setor que parecia ser pouco sexy e já bem esquadrinhado, a excelência em execução fez a diferença.

9. Amazon Web Services: com uma capacidade de pesquisa e desenvolvimento enorme, a AWS se debruçou em fornecer um serviço de nuvem (servidores virtuais, entre outras coisas) que funciona. Com isso, evoluiu incrivelmente rápido e proporcionou numa estratégia muito agressiva com 50 reduções de custo (sim, eu disse reduções) desde que foi criado. O negócio de datacenters virou um negócio de utilities e pegou a indústria de datacenters clássica completamente de surpresa.

10. Elon Musk, SpaceX: acho que o maior disruptor da indústria hoje se chama Elon Musk, sucedendo Jobs, Gates e Bezos. Faz parte da “máfia” do PayPal (vários empreendedores brilhantes saíram de lá como Peter Thiel, Reid Hoffman e Steve Chen) e se meteu literalmente em se tornar um cientista de foguetes com a SpaceX enquanto atacava a indústria de automóveis com sua visão de carros elétricos e a Tesla Motors.

Fernando de La Riva é especialista em negócios digitais e sócio da Concrete Solutions.

Fonte: Exame.com

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