Quando se está em rede, a canção também vale para os negócios: é impossível ser feliz sozinho. Por isso, as franqueadoras que querem crescer já têm dois caminhos — complementares — decorados: de um lado, subir o faturamento de quem já está com elas e, do outro, captar interessados. O desafio é não se deixar engessar e ter novas estratégias a cada ano. As de 2018 foram definidas; o EXTRA traz algumas.
— O mercado se modifica em uma velocidade muito rápida. E a Associação Brasileira de Franchising (ABF) incentiva isso. Em 2017, 57,3% das redes de franquias investiram em inovação: desde novos produtos ou serviços até novos modelos de negócios — diz o diretor adjunto da ABF Rio, Sandro Fontes, comentando resultados do ano passado e expectativas: — Mesmo na crise, o setor cresceu em 8% o faturamento. E com a retomada da economia, esperamos que essa taxa vá para 12% em 2018.
A rede de alimentação Lug’s quer contribuir para essa marca, fazendo a conversão de bandeira de 30 a 50 lojas no país. A tática funciona assim: escolher donos de negócios já existentes e insatisfeitos com seus faturamentos, mas que querem seguir empreendendo, para integrar a rede. Os custos ficam reduzidos, já que o ponto físico e parte da estrutura podem ser aproveitados. E no caso da rede Lug’s, há até um fundo disposto a custear 50% ou 100% da formatação.
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— Depende muito de onde o franqueado está. Geralmente, nos interessamos por pontos em shoppings. Em média, gastamos de R$ 100 mil a R$ 200 mil. Para nós, vale a pena, pois essa pessoa já tem conhecimento, quer empreender. E o fundo de investimento que trabalha conosco ganha com o faturamento do franqueado depois. Cobramos royalties mensais (6,9% do que o franqueado fatura) e parte vai para o fundo — conta Ana Claudia Billar, gerente de expansão.
Como escolher a sua franquia
O diretor da ABF Rio, Sandro Fontes, alerta que ninguém deve escolher uma franquia só pelo custo. A conversão mesmo é um assunto “delicado”, diz ele. Antes de aceitar, é preciso pesquisar a idoneidade da marca, o que está no contrato — por exemplo, o franqueado pode ficar preso a comprar materiais de trabalho só com a rede — e ver se o acordo e as taxas valem a pena. Ele orienta sobre como escolher uma franquia:
— O primeiro passo é ter afinidade, e o segundo, experiência com o segmento. Hoje em dia, a maioria das redes oferece um dia de teste para o interessado ver se gosta da atividade. E é preciso conhecer a marca — diz ele.
Elizabeth Meerbaum, de 46 anos, exemplifica isso. Ela abrirá, em março, uma franquia de um novo modelo da SuperGeeks, mais enxuto.
— Sou formada em Engenharia, trabalhei por 25 anos com automação industrial e, ao conhecer a SuperGeeks, fiquei fascinada com a ideia de um curso de programação para crianças — aponta ela, que fez pesquisas antes de fechar o negócio: — Chequei a estabilidade da rede no Brasil, me colocaram à disposição para conversar com franqueados.
Jornal Extra/RJ – Ana Clara Veloso – 20/02/2018
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