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Ferramentas do Futuro, vendas mais ágeis para a Constance

Ferramentas do futuro ajudam a alavancar negócios

07/11/2017

Valor Econômico – Katia Simões – 31/10/17

De óculos 3D à ausência de caixas (que registram a compra e recebem o pagamento), passando por etiquetas e realidade aumentada, o que no passado recente era visto como tecnologia do futuro já começa a fazer parte da realidade de algumas redes de franquias nacionais. “Os empreendedores e o franchising, de forma geral, têm de se antecipar às profundas transformações no mercado e no comportamento do consumidor que a tecnologia já provocou e ainda provocará”, afirma Altino Cristofoletti Junior, presidente da Associação Brasileira de Franchising.

“Indústria 4.0, consumidor digital, internet das coisas e mobilidade são fatores que já estão inseridos no mercado e demandam uma resposta imediata para os bons resultados do franchising nos próximos anos”.

Foi com esse pensamento que Cássio de Noronha, sócio-fundador da rede mineira de calçados Constance, decidiu, em maio, testar o piloto de lojas sem caixa em três unidades. “O vendedor conclui a venda no totem e processa o pagamento. A nota fiscal e o certificado de garantia seguem por e-mail”, afirma. “O resultado é uma venda mais ágil e prática, que vai ao encontro da demanda da clientela”.

Com 70 lojas e um faturamento estimado de R$ 180 milhões para este ano, a Constance deverá extinguir os caixas em suas unidades progressivamente, o mesmo acontecendo com a adoção dos checkpoints, uma tecnologia de identificação por RFID, que permitirá que o alarme seja solto do produto assim que a venda for registrada.

Para a consultora Lyana Bittencourt, diretora executiva do Grupo Bittencourt, embora o custo de implantação das novas tecnologias esteja diminuindo, é preciso separar bem o joio do trigo. “Não vale a pena apostar na tecnologia pela tecnologia”, afirma. “Antes, é preciso saber se a ferramenta ajudará a diminuir a barreira de compra e o quanto o consumidor valorizará esse investimento, o quanto provocará mudanças realmente eficientes”, afirma Lyana.

Na rede Imaginarium, que deverá fechar 2017 com 238 unidades em operação, não foi necessário muito tempo para conferir que o investimento valeu a pena. A franquia implantou telas de realidade aumentada em 20 de suas lojas. O objetivo era facilitar o entendimento de uso de alguns dos seus produtos de uma forma simples. “O resultado mais surpreendente foi o da cafeteira expressa que registrou aumento de 119% nas vendas desde que adotamos o sistema de realidade aumentada”, diz Donato Ramos, diretor de vendas.

“Em média, os produtos apresentados tiveram altas entre 30% e 35%”, afirma Ramos. Até o final do ano, toda a rede deverá contar com a inovação, que consumiu um investimento de R$ 20 mil.

Quem também viu os resultados crescerem foi a rede de academias Naxxi, que investiu na compra de 30 óculos 3D e na produção de 14 vídeos de mini-aulas de todas as modalidades disponíveis para os alunos. “Em três meses conseguimos triplicar o faturamento”, afirma o fundador Bruno Barros. “O índice de conversão de novos alunos saltou de 30% para 80%. O cliente se sentia dentro da aula e sabia exatamente em qualquer modalidade gostaria de se inscrever”.

Independentemente do valor investido, que dependerá do fôlego financeiro e da disposição de franqueadores e franqueados, o certo é que o uso da tecnologia pode aumentar a produtividade, melhorar controles, diminuir os custos de mão-de-obra, facilitar o treinamento, melhorar a gestão comercial, otimizar o controle de estoque e garantir uma experiência diferente para o cliente. Ou, também, diminuir o índice de manutenção dos equipamentos por desconhecimento da forma de uso.

Esse foi um dos objetivos da Casa do Construtor, especializada em locação de equipamentos com 252 unidades espalhadas pelo país. “A cada 100 equipamentos, 5% seguem para o conserto quando alugados”, diz Matheus Fuzaro, coordenador de marketing. “Com a adoção dos óculos 3D, acreditamos que será possível explicar melhor não só a função de cada equipamento, mas também o modo de usar, diminuindo os reparos”.

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