Bibi Calçados venceu a crise, segundo Marlín Kohlrausch, CEO

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“A gente venceu a crise”, afirma Marlín Kohlrausch, CEO da Calçados Bibi

21/09/2017

Pequenas Empresas & Grandes Negócios – Vitória Batistoti – 11/09

 

Com crescimento de 12% no faturamento em relação ao ano passado, a empresa anuncia investimentos de R$ 3 milhões e inicia uma nova fase

Para o gaúcho Marlín Kohlrausch, 67, CEO da Calçados Bibi , o segredo para crescer durante épocas adversas é saber cultivar e valorizar a história, os valores, os preceitos da empresa e, mais do que isso, saber transmití-los aos parceiros e clientes. Essa é a receita que a marca de calçados infantis fundada em 1949 em Parobé, no Rio Grande do Sul, tem usado para liderar o mercado nacional no nicho em que atua.

 

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Com 96 unidades espalhadas pelo país – entre as quais 20 são próprias e as restantes franqueadas –, a Calçados Bibi está se preparando para um novo projeto de expansão encabeçado por Kohlrausch, presidente da marca desde 1992. Para o futuro da marca, as apostas do CEO são manter a exportação da produção para mais de 70 países ao redor do mundo, investir no varejo e chegar com mais presença em outras regiões.

Kohlrausch falou com exclusividade para a PEGN sobre o plano de expansão da Calçados Bibi para a América Latina e a chegada da marca no Peru:

Qual é o atual cenário da Calçados Bibi?

Há 68 anos, a marca foi fundada e, até hoje, continuamos com o mesmo princípio de criar e produzir calçados infantis. Atualmente, estamos passando pela transição da segunda para a terceira geração da empresa o negócio foi criado por Eloy Schweitzer, sogro de Kohlrausch].

Produzimos nossos calçados em fábricas no Rio Grande do Sul e na Bahia, temos 96 lojas da marca no Brasil e exportamos para mais de 70 países nos cinco continentes, inclusive para a China. Recentemente, abrimos novas unidades em São Paulo e iniciamos uma expansão para a América Latina.

Quais unidades foram abertas recentemente?

Estamos expandindo nossa atuação na capital paulista. Chegamos ao Shopping Anália Franco em julho e, até o final deste ano, estamos investindo R$ 3 milhões em duas lojas próprias a serem inauguradas nos shopping centers Ibirapuera e Higienópolis. Na semana passada, abrimos nossa primeira unidade franqueada internacional, no Peru.

Por que optaram por começar a etapa de internacionalização da marca na América Latina?

Pelo fato de o Brasil fazer parte da América Latina e estar ao lado da maioria dos países. Além disso, os consumidores dos países vizinhos pedem pelas mesmas coisas nas mesmas épocas do ano. Ou seja, as estações quentes e frias do Brasil acontecem ao mesmo tempo que acontecem no Peru. Além disso, os gostos da clientela são muito semelhantes, pois ambos os povos têm trajetórias históricas semelhantes.

Quais são as principais etapas para se chegar ao mercado internacional?

O modelo que nós construímos foi de visitar, conhecer o gosto da clientela local, fazer o treinamento de nossa equipe e cultivar a história e os valores da marca para nossos novos parceiros. Há uma razão para dar importância a nossa história. Hoje, as marcas precisam ter uma narrativa para avançarem no mercado. Os produtos precisam ter histórias e elas precisam ser contadas. Fizemos um esforço gigantesco nesse sentido para incentivar as pessoas a apostarem na Bibi .

Em questões de produção, os calçados exportados são muito diferentes dos que são realizados para o consumo brasileiro?

Não, pelo contrário, o design brasileiro é muito bem visto lá fora, principalmente para produtos infantis, pois o Brasil é um país alegre, com muitas cores e estampas. Nós temos um pouco de cada cultura do mundo.

Por conta disso, nosso foco ao exportar são países que tenham climas que se assemelham ao nosso. Ou seja, ainda que exportemos para a Rússia e países cujo clima são mais frios, não temos intenção de abrir unidades por lá. Focamos em zonas mais tropicais.

Em um período caótico para a economia brasileira, como a Calçados Bibi conseguiu expandir sua atuação?

O Brasil passou e vem passando por uma das maiores crises dos últimos anos. Estamos em uma situação sem precedentes; é uma crise econômica, política e ética. Felizmente, o país está dando sinais de melhorias e a recessão econômica, acredito, teve um fim.

Esse cenário é impactante para as empresas, mas, ao meu ver, ele possibilita inovações. Toda crise que surge traz uma oportunidade para se criar e solidificar como negócio. Enquanto a maioria das empresas recuou nos investimentos, nós não paramos. Continuamos fazendo nosso trabalho e abrindo lojas.

Então a Calçados Bibi não foi afetada pelo cenário adverso?

Apesar de todos os problemas, nós fizemos um ano bom. Estamos com um crescimento melhor do que estávamos no ano passado, com um crescimento de 12% em relação a 2016.

Quais são as expectativas da empresa para o futuro?

Nosso objetivo agora é fechar o ano com 110 lojas no Brasil e continuar com nossa expansão para a América Latina. Se o resultado da primeira loja da franquia no Peru for bem sucedido, iremos inaugurar mais duas unidades por lá até o final de 2017.

Para os próximos anos, queremos expandir nossa atuação na América Latina e chegar também com lojas físicas na Europa e nos Estados Unidos

 

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