Cansado da rotina bancária, ele criou o ‘supermercado do artesanato’ e hoje possui 46 unidades espalhadas pelo Brasil
Trinta anos de idade, um salário na casa dos R$ 30 mil e um emprego fixo.
O que para muitos brasileiros parece o destino ideal não satisfez o ex-bancário Ronaldo Cordão.
O empresário largou a carreira em um grande banco no Brasil literalmente para vender sacarias e panos em geral, como de chão e de prato.
Hoje, sua rede de insumos para artesanato fatura mais de R$ 23 milhões, com 46 lojas espalhadas por 36 cidades.
“O banco foi uma grande escola. Estava em uma situação confortável.
Tinha um bom salário e toda a estabilidade que precisava.
Porém, comecei a atender muitos empresários e isso aumentou o meu sonho de ter o próprio negócio.
Negócios são cíclicos e eu sabia disso.
Criei um colchão financeiro para ter uma maior segurança.
Quando chegou a hora, anunciei a minha família que iria largar minha carreira para montar um negócio do zero.
Meus pais e minha esposa ficaram loucos quando souberam”, relembra Ronaldo Cordão, fundador da Center Panos.
Após sair do banco, Ronaldo mergulhou de cabeça no ramo têxtil.
A experiência industrial fez com que ele optasse também pelo varejo dentro do negócio que, até então, não era próprio e sim de um ex-cliente do banco.
“Vi em pouco tempo que tinha vocação para o varejo e não para a indústria.
O início foi simples.
Comprei uma Fiorino, enchia ela de panos e dirigia em direção a região do Bresser, na capital paulista, para vender o quanto fosse possível”, relembra Cordão sobre a experiência que deu início ao que é hoje a Center Panos, franquia conhecida como o “supermercado do artesanato”.
A ideia de montar um único local no qual o consumidor pudesse comprar não só tecido mas insumos para artesanato veio da experiência com a venda de sacarias e panos para varejistas em São Paulo.
“Neste mercado você entrega muito cedo e muitas vezes eu ficava ali aguardando para receber.
Me intrigou a movimentação dos clientes, que buscavam tecido em um local, mas tinham que sair de lá para ir até outra loja buscar agulhas, linhas ou outros produtos”, recorda.
A coragem para montar o negócio próprio veio desta observação.
No ano de 2004, era fundada no interior de São Paulo a Center Panos.
Inicialmente a empresa funcionava como um armarinho que tinha a proposta de atender todas as necessidades do artesão.
Só que o sucesso foi tão grande que em três anos a marca já tinha três lojas, a primeira em Sumaré e outras duas em Campinas e Hortolândia, no interior de São Paulo.
” Além de ser uma atividade rentável o artesanato é uma atividade terapêutica.
Para muitas pessoas, ser artesão é um refúgio para um lugar longe dos problemas.
Todas essas características fazem com que o artesanato seja uma prática milenar, tanto para quem produz quanto para quem o adquire.
Acredito que esse segmento sempre será promissor.
Vejo esse como um dos principais motivos do nosso crescimento a curto prazo.
Criamos uma organização corporativa em um setor milenar e seguro”, comenta Ronaldo Cordão.
No ano de 2012 a Center Panos já estava mais consolidada e famosa pelo interior paulista.
A empresa recebia diversas propostas de armarinhos que queriam ter o know how da marca. O processo é conhecido como virada de bandeira, e aos poucos, o assunto franchising começava a ser discutido internamente.
Em 2014, a marca se tornou uma franquia. Em 2016, a rede já possuía 21 lojas entre o Sul e o Sudeste do país.
Hoje, aquilo que começou com a venda de panos de chão em uma Fiorino se tornou a maior rede de artesanato do Brasil.
“Não devemos e não queremos parar por aí. Com a chegada da pandemia no país, mais uma vez comprovamos a força do artesanato.
Não só seguramos o faturamento, mas tivemos um aumento nas vendas.
Muitas pessoas perderam o emprego e foram empreender por necessidade.
Com isso oferecemos soluções para aqueles que precisam obter uma nova fonte de renda”, finaliza Ronaldo.
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