Ele cresceu na favela e hoje é dono de franquia de crepe

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Ele cresceu na favela, vendeu laranja de porta em porta, e hoje é dono de franquia de crepe que quer transformar na maior do mundo

04/03/2024

André Augusto dormiu em um colchão no chão da sala até os 17 anos, de família humilde, conseguiu emprego em uma multinacional, teve negócio milionário que faliu e hoje é CEO da Crepefy que busca faturar R$ 10 milhões no seu primeiro ano de franchising e já soma 47 operações

“Você não escolhe onde nasce, mas escolhe onde quer viver”, essa é uma das frases que motiva o empreendedor André Augusto, de 35 anos.

Hoje ele está à frente da franquia Crepefy – rede especializada em crepe francês, que já soma 74 unidades e faturamento de R$ 10 milhões em 2023.

De família muito humilde, André cresceu na favela no Jardim São Judas Tadeu, na periferia de Taboão da Serra/ SP.

Filho de uma mulher negra e um pai branco, por anos sua família lidou com o preconceito, na qual por muitas vezes sua mãe foi confundida como a babá e tinha que andar com a certidão de nascimento de André para confirmar ser sua mãe.

Até os 17 anos de idade, André dormia em um colchão no chão entre a sala e a cozinha, pois não tinha quarto.

Mesmo pobre, a família deu a volta por cima.

Sua mãe, dona Ana Augusto, mais conhecida como Aninha, se formou em teologia e pedagogia, tirou habilitação, comprou um carro, e também o seu próprio apartamento.

 

Sem tempo para ser vítima

O pai do André, senhor Eduardo Augusto, não tinha emprego fixo e vendia produtos na rua.

Desde os 9 anos, André acompanhava o pai nas vendas, e foi ali na raça que aprendeu ser vendedor e garantir o básico para sobreviverem, já que por muitas vezes receberam doações de cesta básica porque não tinham como comprar alimentos.

Os dois vendiam laranja e alho de porta em porta.

Na adolescência, por volta dos seus 12 anos, conseguiram uma barraca de hot-dog, foi uma doação do seu tio João Augusto (irmão de seu pai) e vendiam pelas ruas de Taboão da Serra.

Com 16 anos, a vida já começou a dar sinais de melhora, pois seu pai conseguiu uma sociedade em uma empresa de vigilância de rua, e André ficava responsável por cuidar da barraca de cachorro-quente.

Foi quando sua família aumentou um cômodo na casa, ainda na periferia, e André conseguiu ter o seu tão sonhado quarto.

“Essa oportunidade da sociedade que surgiu para meu pai foi fundamental para nossa família.

Por isso, hoje valorizo tanto o programa de partnership, que é dar sociedade para funcionários com alto destaque”, diz André Augusto.

 

O poder dos livros

Aos 18 anos, André entrou para a faculdade de propaganda e marketing.

Ficou obcecado por livros, conhecimento e negócios, e isso trouxe outras oportunidades e enxergou o mundo de uma outra maneira.

A dedicação em cima dos livros possibilitou aos 20 anos de idade conquistar um emprego em uma empresa multinacional. Sua vida começava a dar um novo rumo.

Trabalhou em uma rede de franquias de alimentação, a Icegurt, por quatro anos, no setor de expansão.

Lá fez muita educação corporativa, e isso foi o pontapé inicial para abrir sua própria empresa, em 2013.

“Os primeiros dois anos foi muito na raça, aprendendo muito.

Nessa época cheguei a ler aproximadamente 100 livros sobre negócios, e muitas dessas táticas que eu lia já executava no dia seguinte dentro da minha empresa de calçados femininos.

Isso inclusive, me estimulou a fazer uma pós-graduação em empreendedorismo”, relembra o jovem.

 

Milionário aos 27 anos

André pediu demissão da multinacional, seu pai tinha acabado de falecer e ele queria dar uma nova rota para sua vida, foi então que decidiu abrir uma loja de calçados femininos.

Nessa época ele já estava casado, e sua esposa Tawane Augusto pegou um empréstimo pessoal, venderam o carro da família e conseguiram um sócio investidor para abrirem a operação em São Paulo.

O negócio decolou muito rápido e com apenas 27 anos, André faturava em média R$ 5 milhões ao ano.

Mas, em 2016, por motivos internos (societários) e externos (recessão do país), falharam na administração e a empresa quebrou. Este período trouxe grandes aprendizados.

 

Dando a volta por cima

Após experimentar a amargura do fracasso, André não desistiu e sabia que sua vida estava no empreendedorismo.

Em 2018 ele voltou ao mundo dos negócios com a Vendastech, rede de franquias de marketing e serviços digitais, chegou a abrir mais de 100 unidades, mas em maio de 2023 resolveu vender a empresa.

Em 2020 abriu uma holding para dar consultoria, formatar empresas em franquias e expandir negócios.

Dois anos depois, a holding virou a AGTO Group, um grupo de marcas próprias e de participação.

Hoje o grupo responde pelas marcas Crepefy, Di Matteo Açaí e Franquia S/A (podcast de franquias).

 

Trouxe uma nova experiência na bagagem

No início de 2022, após uma viagem à França de comemoração de 15 anos de casados do André e sua esposa Tawane, ele notou que em cada esquina tinha uma creperia e com muitas pessoas comprando.

Daí surgiu a ideia de trazer para o Brasil esse mesmo conceito.

Após muitos testes, encontrou a massa perfeita através do seu sócio Denis Messias que ajudou no desenvolvimento do produto e assim fundou no final do mesmo ano a Crepefy, que é uma empresa de crepe de formato diferente do que costumamos encontrar.

A massa é bem leve, com muito recheio, em formato de triângulo, e dispensa o uso de talheres.

“Um dos nossos diferenciais é que entregamos um crepe no modelo europeu com a brasilidade do nosso país.

Usamos a massa e a forma de comer como na Europa, porém com os principais sabores do Brasil.

Pegamos os mais vendidos de pizza e pastel, que é uma das refeições que o brasileiro mais adora, e adaptamos ao crepe.

Foram meses de testes e mais testes até chegar em todo o conceito de produto, distribuição e marca”, explica o fundador e diretor executivo da Crepefy.

 

Modelo de franquia

A Crepefy é a única creperia que consegue dar experiência de marca em três momentos de consumo diferentes: balcão (loja física), delivery (apps e iFood), e eventos corporativos e festas (crepefy events).

No início de 2023 a empresa entrou para o franchising e hoje é a principal marca do Grupo AGTO.

Trata-se de uma franquia semiautomática que possui gestão simples, onde o franqueado passa pela experiência em todas as etapas do negócio: gestão, atendimento e preparo.

Todos os processos são automatizados, e devido a massa já vir pronta diretamente pela franqueadora (os insumos são comprados na região do franqueado), o preparo dura em média de 2 a 3 minutos para ser finalizado.

São mais de 30 sabores, entre salgados e doces, tendo como carro-chefe o crepe de frango com catupiry, e Nutella com morango com preços a partir de R$ 10,90.

A cada mês a franquia lança um novo sabor como estratégia de agradar o paladar de todos, inclusive com opções fit e vegetariana.

O cardápio ainda conta com saladas e sucos preparados na hora.

Para aqueles que preferem o delivery, a embalagem é no formato da logo da empresa, um charmoso fantasminha, preparada para manter o alimento aquecido para uma distância de até 40 minutos.

A Crepefy conta com três modelos de negócios: container, quiosque e loja de rua.

Em todas elas são possíveis trabalhar delivery e também em eventos, que é onde o franqueado leva uma mini loja com estrutura modular para qualquer tipo de evento e serve os crepes como em um restaurante servidos à vontade, sem causar bagunça, cheiro ou fumaça.

Eco Crepefy Container: esse modelo é um container onde é necessário investimento entre R$ 75 mil a R$ 110 mil.

O faturamento pode chegar a R$ 40 mil por mês, com lucro líquido entre 18% a 25% e retorno previsto entre 9 a 18 meses.

Quiosque: esse formato é para área a partir de 6 metros quadrados, e é necessário investimento inicial entre R$ 80 mil a R$ 110 mil, já incluso a taxa de franquia mais o capital de giro e investimento com instalação e equipamentos.

Nesse modelo é possível contar com 2 a 4 colaboradores.

O faturam

ento bruto médio mensal é de R$ 35 mil, com lucro líquido entre 18% a 25% mensal.

O retorno do investimento é previsto entre 9 a 18 meses.

Store to go smart: esse modelo é uma pequena loja de rua, indicado para áreas a partir de 12 metros quadrados, onde é possível o cliente consumir no mesmo local.

O investimento é entre R$ 80 mil a R$ 140 mil (incluso a taxa de franquia, capital de giro e investimento com instalação e equipamentos) onde é necessário entre 2 a 4 funcionários.

O faturamento médio é de R$ 40 mil mensal, com lucro líquido entre 18% a 25%, e prazo de retorno estimado entre 9 a 18 meses.

 

Expansão

A rede que completou recentemente um ano de fundação já soma 74 unidades comercializadas (sendo 38 ativas) e uma unidade própria presente em 12 estados.

A empresa é ideal para cidades a partir de 30 mil habitantes, e almeja encerrar o ano com 210 lojas e faturamento (sell out) de R$ 96 milhões.

A Crepefy, que já nasceu com uma proposta internacional, também foca a expansão para o exterior.

Ainda para este ano há previsão de abertura de lojas em Orlando (EUA), Lisboa (Portugal), Bolívia e Santiago (Chile).

“Nascemos com a mentalidade para sermos uma marca internacional, portanto em apenas 24 meses teremos operações na América e Europa com masterfranqueados locais.

Nosso objetivo é tornar-se a maior rede de crepes do mundo e estar presente em diversos países, sendo uma marca brasileira levando crepe, que é um prato típico francês”, enfatiza o empresário.

André reflete que trabalhar com alimentação é um grande desafio, mas que para enfrentar qualquer obstáculo busca sempre aconselhar com bons profissionais do mercado, e isso tem o ajudado muito.

Atualmente o Grupo AGTO soma mais de 100 unidades e aproximadamente 400 colaboradores e R$ 20 milhões de vendas sell out em 2023.

 

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Fonte: Fatos&Ideias Comunicação