Marcus Vinícius Mendes de Oliveira, 34 anos, formou-se em Odontologia pela Universidade Univale de Itajaí em 2010.
Logo que saiu da faculdade, aos 22 anos, resolveu que era hora de abrir sua própria clínica.
Mas a experiência não foi das melhores, e seu primeiro consultório faliu em junho de 2012.
Foi onde ele aprendeu que seria necessário estudar mais para seus próximos passos profissionais, fosse em uma franquia ou em um consultório próprio.
Sem o consultório e sem planos para o futuro, Marcus aceitou o convite que recebeu de um colega para exercer a profissão em Angola.
“Foi a experiência mais incrível que já vivi. Aprendi demais”, conta o dentista.
“O trabalho era fazer o atendimento de pessoas em aldeias e distribuir kits de higiene bucal para a população mais carente.
Também fazia palestras para ensinar os nativos sobre como cuidar de seus dentes.
Algumas aldeias eram muito distantes e não falavam português, e sim o dialeto de umbundo, que é típico da região de Huambo.
Essa era uma dificuldade”.
Além disso, a cidade onde Marcus morou havia sido palco de uma guerra civil, que terminara havia 10 anos.
“Eu vivi coisas em um lado do mundo que eu não conhecia. A casa em que fiquei tinha marcas de tiro”, diz.
Dois anos depois, Marcus voltou para o Brasil com planos de abrir um negócio, mas não tinha o capital necessário.
Foi quando a OrthoDontic, maior rede de odontologia do País, abriu uma franquia em sua cidade, Criciúma.
Marcus foi conhecer o estabelecimento e conversou com o dono, Marcos.
Depois da visita, ele resolveu abrir sua própria franquia da OrthoDontic, em Içara, cidade vizinha a Criciúma.
Marcus teve medo, mas apostou tudo no sonho.
“Fiz um empréstimo no banco, vendi meu carro e todo mês eu ficava com menos R$ 5 mil no cheque especial”, diz o dentista.
Ele relembra da época difícil: “na primeira festa de final de ano da minha franquia teve um cachorro-quente com três funcionárias, porque eu não tinha dinheiro. Foram três anos juntando dinheiro. Três anos”, conta.
Hoje, Marcus administra duas unidades da OrthoDontic, uma em Içara e outra Tubarão, também no sul de Santa Catarina.
Seu faturamento é de R$ 250 mil por mês nas duas unidades, somando bruto R$ 2,5 milhões por ano.
Marcus agradece por ter entrado no mundo das franquias.
“Estou muito feliz com minhas duas franquias. Quando eu quebrei o consultório, aprendi que sozinho eu não conseguiria. Precisaria saber mais sobre gestão e vendas, e a franquia me ensinou isso”, comenta Marcus.
O dentista não se arrepende dos caminhos trilhados no começo da trajetória empreendedora, e acredita que todas as dificuldades que passou foram importantes para seu amadurecimento.
Ele diz que não estaria onde está hoje sem os aprendizados.
“Fiz tudo sozinho. Estava aprendendo como empreender, como lidar com o cliente, pagar aluguel.
A parte comercial eu não entendia nada, mas sofri e aprendi.
Se eu não tivesse passado por isso, não amadureceria e chegaria aonde cheguei”, comemora.
Fonte: Economídia
