A rede Spa Nature está revolucionando a Estética com foco na classe C e D
21/07/2023 | Publieditorial
Faz quase três anos que os sócios Jarbas Abreu, 37 anos, e Gleilson Félix, 25, se arriscou para abrir uma clínica de estética, no Grajaú, bairro periférico na zona sul de São Paulo: a Spa Nature, que hoje cresce com franquias.
Os dois tinham acabado se mudar de Fortaleza (CE) para a capital paulista em busca de novas oportunidades de trabalho e de vida, em meio à crise sanitária promovida pela covid-19.
“A pandemia levou tudo que a gente tinha.
Quando houve flexibilização [nos protocolos de isolamento], corremos para São Paulo”, conta Jarbas Presidente da Empresa.
A necessidade de empreender e a experiência profissional de Jarbas e Gleilson, que já trabalhava no ramo estético havia alguns anos, os levou a criar a Spa Nature, uma clínica de estética com foco em clientes das classes C e D.
“Eu não queria fazer algo igual ao que já estava sendo feito, teria de ser diferente.”
O negócio começou com uma maca emprestada, e um trabalho de quase 24 horas por dia.
“O mercado de estética é limitado, cria um bloqueio para uma parcela da população. [A verdade é que] só faz harmonização facial quem tem dinheiro.
Tem muito discurso de democratização de estética, mas pouca prática. Queríamos quebrar isso”, diz Jarbas.
Em oito meses — e com a ajuda da divulgação através do instagram —, os sócios passaram a ter um faturamento médio mensal de R$ 70 mil.
Mantiveram boa parte dos serviços sob sua tutela e contratavam colaboradores freelancers.
Assim, conseguiram investir em equipamentos melhores e abrir mais dois pontos, com um leque mais enxuto de serviços.
A ideia era justamente testar o potencial de replicação do negócio.
A estratégia foi apostar em combos e pacotes promocionais com nomes que dialogam com o público-alvo, como “Bumbum na nuca” ou “Bye bye, estria”, com preços entre R$ 49,90 e R$ 1 mil, e parcelamento em 10 vezes no cartão.
O segredo para baratear os serviços, de acordo com Jarbas, é combinar procedimentos que têm necessidade de equipamentos a outros tipos de terapia.
O “Bumbum na nuca”, por exemplo, alia uma máquina de estimulação elétrica à ozonoterapia.
“Eu quero trazer o método do varejo para a estética, pensando na dinâmica de preço, para conversar com o cliente da periferia”, diz.
Hoje são mais de 100 serviços oferecidos, de massagens modeladoras, drenagem linfática e detox com argila a hemoterapia com ozônio e tratamentos com enzima.
O público é variado: a Spa Nature atende mulheres cis e trans, mas também tem uma boa fatia de homens entre os clientes.
Jarbas já tinha trabalhado como supervisor de franquia em uma rede de educação.
Logo, sabia tudo o que precisaria ser feito no negócio para prepará-lo para o crescimento.
De acordo com ele, antes mesmo de começar a se expandir, já manualizava os processos, criava a universidade Spa Nature e desenhava os padrões de atendimento.
“No final de 2021 iniciamos o processo de formatação de franquia. A primeira unidade foi aberta em Guarulhos [na região metropolitana de São Paulo], e depois já fomos para o Espírito Santo. Hoje temos quase 25 unidades abertas e mais de 20 em processo de implantação”, diz o empreendedor.
No ano passado, com oito unidades, a rede faturou R$ 850 mil.
De acordo com Jarbas, o faturamento mensal de cada clínica gira em torno de R$ 30 mil, e o reflexo das franquias já poderá ser visto em 2023.
O investimento inicial para a abertura de uma unidade varia entre R$ 80 mil e R$ 120 mil e, apesar de algumas especificidades no atendimento, o investidor não precisa ser da área de estética ou possuir qualquer tipo de especialização no segmento.
“O franqueado pode contratar um profissional técnico que ficará responsável pela gestão dos serviços e tocar só a parte comercial e de gestão.
Pessoas que já atuam no segmento também podem trabalhar com a gente, seja investindo em uma unidade do zero ou fazendo a virada de bandeira”, afirma Jarbas.