Por Melitha Novoa Prado
Para uma relação sólida entre o Franqueador e sua rede, é importante que alguns itens sejam observados pelo mesmo. Descreveremos a seguir algumas práticas que podem ajudar a constituir esta relação:
Formalizar um contrato
É preciso ter um contrato formalizado com o parceiro, porque é neste documento que constam claramente as obrigações de cada parte. Os limites de uso da marca e de onde cada um pode ir são definidos, ainda que em linhas gerais, no contrato de franquia. Se não se sabe quais os limites de cada parte, como será possível traçar a linha ultrapassada? Afinal de contas, onde está e quem determinou tal limite?
Código de Ética
Ainda pensando em como estabelecer o espaço de cada um dentro de uma rede é aconselhável manter um Código de Ética da Rede por escrito. Apesar de se dizer que ‘Ética se pratica’, escrever faz parte do cotidiano brasileiro, formal por excelência. O Código de Ética dispõe sobre posturas e procedimentos que os membros da Rede devem adotar, no que tange às orientações gerais, política de preços, convênios com outras empresas, publicidade, e marca, entre outros assuntos rotineiros do varejo.
Liderança do Franqueador
Ser líder foi determinante para iniciar o processo de franquia. Continuar a ser o líder das operações é imprescindível para a manutenção da ordem na rede. A ausência de uma liderança saudável, dentro de um sistema que opera em rede, é anarquia, e, anarquia, até que provem o contrário, é sinônimo de desordem ou, quando ordeiro, utópico. (aqui ignorando em parte as propostas de Bakunin). Liderança através da rentabilização do negócio franqueado, otimização dos recursos existentes. Fidelização com competência.
A realização de programas de re-treinamento aos Franqueados e seus funcionários para o uso correto dos materiais, dos manuais e instruções gerais, bem como a realização de Reciclagens que permitem que os Franqueados estejam sempre atualizados sobre as tendências do mercado de consumo, ajuda, e muito, na integração entre os membros da Rede.
Transparência a toda prova
A transparência no tratamento de negócios comerciais com a rede evita desconfianças. Por vezes, a forma como o Franqueador conduz negociações com terceiros dá a impressão ao franqueado de que existe exploração ou aproveitamento sem causa. A sensação de estar sendo ‘usado’ ou ‘enganado’ pode abrir um abismo entre Franqueador e Franqueado, de forma irremediável. Por isso, a transparência deve ser pauta de todas as reuniões realizadas com os membros da rede.
Com a finalidade de melhorar a performance das unidades franqueadas, bem como corrigir as constantes falhas ocorridas no negócio franqueado que prejudicam a marca e imagem da Franqueadora no mercado, o Franqueador pode estabelecer uma Política de Premiação e Restrição, na qual o Franqueado recebe benefícios por estar atuando dentro dos padrões pré-estabelecidos pela Franqueadora.
Orientação constante
Supervisões periódicas nos setores operacionais, comerciais, financeiros dos Franqueados, bem como do funcionamento da Franquia, verificando se existem deficiências na operação e indicando como corrigi-las, são imprescindíveis.
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