NFR 2012 Brasil: de espectador a protagonista

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NFR 2012 Brasil: de espectador a protagonista

10/05/2013

abr/2012

NRF 2012 Brasil: de espectador à protagonista

Por Juarez Augusto Barbosa Leão

O maior congresso de varejo do mundo nos revelou grandes surpresas neste ano. Além do Brasil ter se tornado foco de expansão das grandes redes varejistas do mundo, assistimos concorridas apresentações realizadas por empresas brasileiras, deixamos de ser meros espectadores e passamos também a influenciar os novos rumos do varejo global. Para brindar e aplaudir este momento,  contamos mais uma vez com a maior caravana estrangeira na NRF. Cerca de 15.000 congressistas brasileiros compareceram ao evento e fizeram com que o português fosse o idioma mais falado no evento.

Diferente dos anos anteriores em que o Congresso apresentava um alinhamento de praticamente todas as palestras em torno de único tema, neste ano a multiplicidade imperou:  novas técnicas, visões e tecnologias. Neste novo momento da NRF que foi de singular a plural, o principal destaque foi para o fator Gente, sendo verdadeiramente reconhecido como a grande chave do sucesso. Neste sentido abriu-se um enorme desafio de preparar as equipes para atender adequadamente o novo consumidor, na maioria das vezes pertencente a Geração Y, que age, pensa, compra e relaciona com as marcas de uma maneira diferente. Tudo isto é amplificado pela necessidade de fazer a entrega da promessa de valor da marca na ‘antiga loja real’, que ao contrário de desaparecer está se adaptando aos novos tempos, onde a parceria do virtual e do real reinventa o varejo.

Em função da característica plural desta edição da NRF, a extração da essência do Congresso exigiu dos participantes uma grande sensibilidade, pois diante de um varejo cada vez mais desenvolvido e homogêneo nas práticas, a diferenciação entre marcas, produtos e empresas passa a ser obtida através dos ‘detalhes’. Neste quase alinhamento, os atributos básicos e estendidos dos produtos deixam  de ser diferenciais, o consumidor passa a perceber e valorizar os atributos conceituais e o quanto a proposta de valor está alinhada com seus princípios. Passa a ter peso o respeito à natureza,  o não emprego de mão de obra infantil e escrava, sustentabilidade, jeito de ser e agir. Nesta relação quase filosófica, quanto maior for a aderência da proposta da marca com os valores do consumidor, maior será  a interação, relacionamento e quiçá fidelidade entre as partes.

Neste cenário, o Brasil além de viver um dos seus melhores momentos econômicos, vive também um excelente momento de evolução na gestão do varejo. A rápida abertura da economia brasileira exigiu uma corrida frenética à atualização e aprimoramento por parte das empresas, fazendo com que hoje  nossas práticas fiquem alinhadas aos melhores benchmarks mundiais, onde o ‘jeitinho brasileiro’ evoluiu, passando a representar mais do que a criatividade, mas sim, referência e base para o atendimento humanizado, onde a sensibilidade do vendedor possibilita a customização do atendimento, surpreendendo e encantando os clientes.

Logo após o Congresso, visitamos também as grandes redes franqueadoras do mercado americano, afim de comparar como estamos em relação a este varejo formatado que sempre foi nosso referencial.  Mais uma vez constatamos nossa evolução, nos elevando para uma posição de igualdade e, em alguns aspectos e práticas do franchising, até mesmo para uma posição de superioridade. Tudo isto nos traz uma sensação nova, que consegue  extinguir o famoso e dolorido ‘complexo de vira lata’ que nos acompanhou por muitos anos.

Então o que ainda falta para deixarmos de ser o país do futuro e passarmos a ser o grande país do presente?  Trabalhar ainda mais focados, não abandonar nossos objetivos, adotar processos que muitas vezes são vistos de forma antagônica ao nosso jeito de ser e fazer, executar o planejamento, e mais do que nunca valorizar e desenvolver nossa maior riqueza e diferencial: a gente brasileira.