Boas práticas na seleção de franqueados

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Boas práticas na atração e seleção de franqueados

29/05/2023

Por Mauro Hyde*

Expandir uma franqueadora parece ser uma tarefa fácil: fazer anúncios em diversas plataformas para atrair investidores interessados, receber os cadastros, filtrá-los de acordo com o perfil do negócio, entrar em contato com quem permanece na lista e vender. Simples, não? Talvez não.

Segundo a Associação Brasileiras de Franchising, ABF, no Brasil, existem mais de 3.000 franqueadoras.

Dessas, mais de 1.400 são associadas à ABF. Pelos números percebe-se que opção de investimento é o que não falta aos candidatos a franqueados.

Nesse cenário, as perguntas que ressoam são: como se destacar nesse universo tão robusto?

Como se diferenciar em um mercado tão competitivo? Como atrair o investidor para a minha marca?

Para que isso aconteça, a franqueadora tem que ter processos muitos claros e ser transparente nos dados apresentados aos candidatos.

Precisa ter estratégias bem definidas dos perfis de franqueados que melhor se encaixam na rede já estabelecida. Precisa fazer estudos de geomarketing, para saber com precisão onde irá implementar as novas unidades.

Precisa de um plano de negócios bem estruturado. Essas são boas práticas que devem ser adotadas pelas franqueadoras, para atrair e se relacionar, desde o princípio, com seus franqueados. Não é pouca coisa!

Se estamos falando de transparência na relação entre franqueador e franqueado, outro ponto de suma importância para atrair investidores é ter os instrumentos jurídicos claros e de acordo com a Lei de Franquias brasileira.

Na COF – Circular de Oferta de Franquia – tem que constar todas as informações do negócio.

Isso para que o candidato a receba e possa analisar todo o seu conteúdo para, após os 10 dias exigidos na lei, possa tomar a sua decisão: investir ou não investir.

Por isso, a prática de pressionar o candidato a franqueado para que ele assine o contrato de aquisição da franquia antes desses 10 dias não é considerada uma boa prática.

E vai além, desrespeita a Lei de Franquias do país.

Nesses 10 dias que o candidato a franqueado tem para analisar a COF, estabelecidos pela lei, a franqueadora deve prestar todo o suporte e sanar as dúvidas.

A ideia é que a marca forneça o maior número de dados e informações possíveis, para que a melhor decisão seja tomada.

Todo candidato tem o direito e o dever de entrar em contato com os atuais franqueados da rede em que está interessado, perguntando os prós e contras da marca, para ter ainda mais informações para fazer sua escolha.

Como em todo negócio, o sistema de franchising é feito por pessoas e, para que o sucesso aconteça, pessoas têm que se relacionar.

Relacionamento é a palavra que mais define o sistema e para que isso aconteça, a franqueadora tem que estar sempre ao lado de seus franqueados.

É importante manter uma comunicação frequente e aberta, fornecendo informações relevantes sobre o negócio e respondendo dúvidas e questionamentos, além de receber feedbacks operacionais e ideias a serem testadas e aprovadas para a rede.

As principais e as mais antigas marcas que atuam no mercado de franquias brasileiro se destacam por esse relacionamento perene.

Uma franqueadora é uma empresa de treinamento, onde está sempre transferindo know-how ao seu franqueado.

Por isso é vital que uma franqueadora tenha manuais operacionais, que incluam as políticas e procedimentos da empresa, além de oferecer gestão financeira administrativa e boas práticas do franchising.

 

Mauro Hyde é diretor de franquias da Frango no Pote e diretor da ABF Regional Centro-Oeste.

*Este é um artigo da Série Boas Práticas no Franchising, parte da Campanha Franchising Íntegro da ABF

 

Fonte: DFreire Comunicação e Negócios