Por Melitha Novoa Prado
Primeiramente, antes de qualquer investigação a respeito de marcas e sistemas de franquia, a pessoa interessada deve buscar as informações disponíveis no mercado sobre Franchising: o conceito, a lei que regulamenta o setor, os requisitos para ser um franqueado, a nomenclatura básica do sistema, as taxas padrão do sistema, e todas as demais informações necessárias para o pleno entendimento dessa modalidade de sistema de gestão de pessoas. Mídia impressa, associações de classe e institutos de ensino podem ser boas fontes de pesquisa sobre o assunto.
Cumprida essa primeira etapa, recomenda-se à pessoa interessada fazer uma auto-reflexão, buscando dentro de si as características básicas necessárias para exercer a função de franqueado de uma rede. É importante estar atento ao fato de que o franqueado não é um empregado e, muito menos, sócio da empresa franqueadora. Ele tem que ser uma pessoa pró-ativa, empreendedora, confiante e motivadora, mas, ao mesmo tempo, se conformar com regras e padrões formatados pela franqueadora. Não se trata de um perfil típico e facilmente identificável. Ao contrário, requer muita investigação, auto-análise, auto-reflexão e, sobretudo, um profundo auto-conhecimento, principalmente no que se refere à inteligência emocional para lidar com adversidades e problemas rotineiros, os quais são comuns na operação diária da franquia.
Assim, após o amplo entendimento do que é Franchising, a auto-reflexão quanto à opção de ser franqueado de um sistema, qual seria o terceiro passo?
A terceira etapa consiste na busca da franquia que se encaixa melhor ao seu perfil. Ou seja, a investigação agora passa a ser mais racional: quais os segmentos com que mais me identifico? Quais as minhas aptidões e virtudes inatas? Gosto mais de lidar com prestação de serviços ou comércio de produtos? Gosto de lidar com o público em geral? O que gosto e tenho prazer de fazer? Em que atividades demonstro um resultado de excelência?
Essas e outras perguntas devem fazer parte de um profundo auto-questionamento. Nunca se esqueça que a identificação com o produto/serviço é tão importante quanto a identificação com a operação da franquia. Por exemplo: Adoro comer pão-de-queijo; a operação de um coffee shop me atrai? Adoro falar inglês?; Identifico-me com a operação de uma escola de ensino de línguas estrangeiras?
Essa auto-avaliação por parte do futuro franqueado é de extrema relevância para o seu sucesso. Se eu não gosto de mexer com comida, não posso ter uma franquia no segmento de alimentação, apesar de ser um comilão na mesa. Se eu gosto de lidar com carro, devo procurar uma franquia no segmento automotivo, que gere realização, prazer e vontade de me dedicar sempre com mais afinco e atenção.
Portanto, o segmento de negócio e propriamente a marca da franquia devem ser os últimos aspectos a serem analisados. Escolhido o segmento de maior interesse, quais as marcas que mais me atraem? Iniciar o processo de seleção com duas ou três marcas fornece ao futuro franqueado mais informações e elementos comparativos para a tomada de decisão final. Pode-se depreender por todo o exposto, que não se trata de uma escolha fácil… como todas na vida, elas trazem responsabilidades e conseqüências, principalmente por estarmos lidando com dois aspectos muito importantes do ser humano: o coração, pelo ideal de se ter um negócio próprio, e o dinheiro, por ser necessário um investimento de capital com recursos próprios, às vezes, tudo que foi economizado durante anos de vida de trabalho.
Acredite em você… faça a sua escolha com o pé no chão….. todo negócio tem riscos e com franquia não é diferente… Tenha apenas a certeza de que fez o que era possível e necessário para uma boa escolha. Não pule etapas… cumpra cada uma delas com todo o tempo e consciência e….boa sorte!
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