Mercado de franquias cresce em Niterói no primeiro semestre de 2017

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Mercado de Franquias cresce em Niterói

Número de franquias cresce 11,7% em Niterói no primeiro semestre de 2017

07/12/2017

Os empreendedores de Niterói vêm enxergando o mercado de franquias como um porto seguro em meio à crise. Dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) mostram que o setor está aquecido: no primeiro semestre deste ano, a cidade chegou à marca de 631 estabelecimentos de comércio e serviços franqueados por 245 marcas, um crescimento de 11,7% em relação a 2016. É a quarta maior expansão entre as cidades brasileiras, perdendo apenas para São José dos Campos, Recife e Goiânia.

O resultado marca uma recuperação das franquias na cidade, depois de maus resultados em 2016. No ano passado, o número de estabelecimentos franqueados caiu 3,25% em relação a 2015, quando havia 584 unidades de franquias em Niterói. Segundo a presidente da divisão da ABF no Rio de Janeiro, Elaine Bernardino, a recuperação do setor na cidade pode estar atrelada a dois fatores: o início da retomada econômica e uma migração dos empreendedores locais para este tipo de empreendimento.

— Isso pode ser reflexo da retomada da confiança dos investidores após a crise. Outra explicação é que as pessoas estão mais confiantes em migrar para operações que têm uma marca com prestígio, que atraia clientela. Elas consideram a força dessas marcas, em comparação aos desafios de ter um negócio próprio e independente — explica Eliane.

Ainda segundo a presidente da ABF-Rio, marcas e investidores avaliam as condições das cidades antes de definir seus planos de expansão. Nesse sentido, ela acredita que Niterói tem uma condição privilegiada em comparação a outros mercados.

— Niterói é líder de renda per capita no Rio de Janeiro, o que é um dado interessante. Esse e outros fatores são considerados, quando as redes estão pensando em expansão. No Brasil, esse processo de interiorização das franquias é um movimento muito forte. No caso de Niterói, ela ocorre nesse cinturão das capitais, como o Rio, em direção às cidades vizinhas.

Para Charbel Tauil, presidente do Sindicato dos Lojistas de Niterói (Sindilojas-Niterói), o aumento do número de franquias é bom para a economia da cidade. Segundo ele, essa expansão tem sido puxada principalmente por estabelecimentos de pequeno e médio portes.

— Pelo que observamos, quem aposta nisso são moradores da cidade ou investidores que querem se estabelecer aqui, de olho no potencial que Niterói tem. São pessoas que perderam o emprego ou tinham algumas economias. Querem abrir o próprio negócio e se tornarem empreendedoras — observa.

O setor com mais unidades é o de alimentação. Lanchonetes, restaurantes e outras atividades afins somam 198 estabelecimentos, 31,4% do total da cidade. Em seguida vem o mercado de moda (104 estabelecimentos, 16,5% do total) e serviços de saúde, beleza e bem-estar (97 estabelecimentos, 15,4% do total). Este ano, o McDonald’s, a maior rede de lanchonetes do mundo, voltou a ter presença na Região Oceânica. A marca inaugurou uma loja na Estrada Francisco da Cruz Nunes, em Itaipu. Segundo Elaine Bernardino, é natural que setores mais consolidados sejam os primeiros a crescer. Ela destaca, porém, que empresários de outros segmentos também vêm entrando no mercado de franquias e tendo bons resultados:

— Há franquias hoje em setores que ninguém imagina, desde manutenção de vidros automotivos a laboratórios de análises clínicas. Na nossa última feira, tivemos cerca de 250 marcas, várias com propostas inovadoras. No ramo de beleza, um dos mais fortes, já temos franquias voltadas aos cuidados com barbas, por exemplo.

BLACK FRIDAY POSITIVA

Introduzida nos últimos anos no comércio brasileiro, a Black Friday, realizada ontem, deve representar um bom momento para o comércio niteroiense. Segundo Charbel Tauil, o mercado tem voltado a se aquecer neste segundo semestre, e a previsão é que a data marque um crescimento expressivo de vendas:

— Estamos otimistas com os resultados de ontem porque desde outubro o comércio vem se recuperando. Nossos estudos apontavam que as vendas na Black Friday terão um crescimento de 8% a 12% em relação ao ano passado. Com isso, nossa expectativa para o fim do ano é de melhores resultados. Cremos que vamos ter o melhor Natal dos últimos dois ou três anos.

 

O Globo/RJ – Igor Mello – 27/11/17

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