Fim da crise em 2018 é o que diz setor de franquias

Encontre aqui as melhores franquias

«
  • Tipos
  • Tipos
Escolha pelo menos um opção para sua busca
Fim da crise em 2018 é a projeção da ABF

Setor de franquias fala em fim da crise e estima avançar dois dígitos em 2018

07/11/2017

DCI – Pedro Arbex – 06/11/17

Expectativa é que o ciclo de baixo crescimento acabe em 2017 e, a partir do ano que vem, o ganho das empresas volte a saltar 10%; a eleição presidencial, no entanto, pode ser a pedra no sapato

Depois de ver uma redução expressiva do ritmo de expansão durante a crise, a perspectiva do franchising brasileiro é voltar a crescer a dois dígitos já no ano que vem, em termos de faturamento. A estimativa se sustenta na previsão de uma retomada gradual do consumo, impulsionada pela queda dos juros e da inflação.

A projeção da Associação Brasileira de Franchising (ABF), divulgada durante convenção do setor, é que a receita bruta das redes de franquias suba 10% em 2018, em termos nominais (sem descontar os efeitos da inflação). Em número de unidades, a previsão é expansão de 5% a 6%, e estabilidade no total de redes. Para este ano, a expectativa é um crescimento de 8% no faturamento, 2% em unidades e retração de 6% no total de redes.

O presidente da ABF, Altino Cristofolleti Jr, destacou a queda da taxa Selic e o descolamento da economia com o cenário político como fatores importantes “A queda dos juros faz com que o dinheiro vá para a economia real e isso atinge o franchising”, diz.

Até 2014, lembra, o setor crescia a uma média anual de 24%. Com o início da recessão econômica a taxa despencou, caindo para algo em torno de 8% ao ano. “Com a crise o crescimento caiu bastante, mas o setor continua crescendo acima do PIB.”

O nível de expansão de antes da recessão, entretanto, não se repetirá nos próximos anos, mesmo com a estabilização da economia. O sistema está mais estruturado, a competição é maior, e o Brasil não deve passar novamente por um momento de ‘boom’ do consumo, como o que ocorreu entre 2003 e 2013 com a ascensão das classes baixas. “O mercado ficou mais estruturado. Acredito em crescimentos sustentáveis e acima de dois dígitos, mas não superior a 20%.”

O mistério da eleição

Para o presidente da Chilli Beans, Caito Maia, o ano de 2018 tende a ser melhor para o setor de franquias, mas guarda uma grande incerteza, que pode inclusive mudar os planos de longo prazo: as eleições. “Temos um problema grave que é ninguém ter a mínima ideia de quem será o próximo presidente do Brasil”, disse, em entrevista ao DCI. Segundo ele, há instabilidade e sentimento generalizado de desconforto. “Como você faz um planejamento de cinco anos sem ter noção de quem estará a frente do País?”, questiona.

Terceiro trimestre

Com relação ao período de julho a setembro deste ano, as redes de franquias avançaram 7,8%, frente ao mesmo intervalo do ano passado, atingindo R$ 41,8 bilhões. O destaque foi o segmento de entretenimento e lazer, que avançou 13,1% (veja mais no gráfico)

Com o maior peso no faturamento do franchising, o setor de alimentação apresentou alta menor no período, de 6,1%. De acordo com o vice-presidente da ABF, Alexandre Guerra, o resultado se deve a uma queda no fluxo dos shoppings.

Em relação ao número de unidades, o saldo positivo foi de 2,2%, resultado de um índice de aberturas de 3,5% e de fechamentos de 1,3%. O avanço representou acréscimo de 3.465 lojas, indo a 147.539 unidades. Em empregos gerados o avanço no terceiro trimestre foi quase nulo, de 0,4%.

NOTÍCIAS RELACIONADAS