Deu Match”: como o Tinder inspira novos negócios

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Deu Match”: como o Tinder inspira novos negócios

10/08/2017

Diário do Comércio – Thais Ferreira – 28/07/2017

O aplicativo de namoro que se tornou um fenômeno está ajudando empresas de decoração, RH e franquias a fazerem boas combinações

Em tempos de redes sociais, aplicativos e internet, encontrar um (a) namorado (a) é bem diferente de décadas atrás.

Todos os rituais mudaram.  Em vez dos olhares, das primeiras conversas e da troca números de telefone, os solteiros vivem agora era do “match” (verbo em inglês que significa combinar ou corresponder).

A palavra faz parte do vocabulário do aplicativo Tinder, um dos mais populares no quesito namoro.

O termo aparece toda vez que um casal gosta das fotos um do outro e quer começar uma conversa.

O App, lançado em 2012, é utilizado em 196 países. E já proporcionou mais de 20 bilhões de “matches”. Em 2015, a empresa lançou o Tinder Plus, uma versão paga que concede benefícios aos usuários.

Assim como Uber, aplicativo de carona que inspirou a criação de outras empresas, o Tinder segue o mesmo caminho.

A ideia de juntar pessoas compatíveis em uma mesma plataforma fez tanto sucesso, que outras empresas estão se inspirarando nesse modelo de negócio.

Decoradornet: Tinder da Decoração

Em 2010, Mariana Albuquerque e Guilherme Ommundsen, fundadores do escritório de arquitetura Studio DWG, criaram uma plataforma para atender aos clientes da empresa.

Por meio dessa ferramenta, eles podiam se comunicar sem que fosse necessário marcar uma reunião.

Assim, foi possível evitar deslocamentos, cortar custos e economizar tempo. Toda a discussão do projeto era feita à distância.

A plataforma foi bem sucedida e eles decidiram ampliar para outros profissionais da área.

Em abril deste ano, a dupla lançou o Decoradornet, uma plataforma para unir decoradores e clientes.

O sistema é similar ao Tinder.  Os profissionais criam um perfil detalhado de sua experiência e colocam amostras de seus trabalhos anteriores.

Do outro lado, os consumidores descrevem o projeto de decoração que querem realizar. E, por meio de fotos, escolhem qual é o estilo que mais gostam.

O software da empresa faz uma seleção dos decoradores que se encaixam no perfil e indica os decoadores ideais para os clientes.

Na plataforma, as duas partes podem combinar os detalhes do projeto e fechar o acordo.

“Nem todos os decoradores têm a oportunidade montar seu próprio escritório”, afirma Ommundsen. “O decoradornet dá a oportunidade dos profissionais trabalharem de casa ou de qualquer lugar, por exemplo, da praia.”

Os decoradores são taxados em 30% do valor de cada projeto. Ou eles podem optar por um modelo de assinatura anual. O preço é de R$ 52 e 10% do preço final de cada trabalho.

Para os clientes, a principal vantagem é a redução dos custos. “Muitas pessoas têm vontade de contratar o serviço de um decorador, mas nem sempre têm o dinheiro necessário”, diz Ommundsen.

Os projetos do Decoradornet custam em média R$ 500. O valor é cerca de um terço dos realizados da forma tradicional em escritórios de decoração.

A empresa já possui mais 150 profissionais cadastrados. A expectativa é atingir 20 mil clientes até abril de 2018.

Partned: Tinder das Franquias

Cesar Madeiro era um experiente consultor de franquias, quando decidiu criar o aplicativo Partned, uma plataforma que une empreendedores com redes de franquia em expansão.

A ferramenta foi lançada em maio deste ano e já tem mais de 3 mil empresas cadastradas.  “O App funciona com um guia de franquias inteligente”, afirma Madeiro.

Os futuros franqueados preenchem uma ficha, colocam o pefil do LinkedIn e dão detalhes da região, segmento e valor que estão dispostos a investir.

O software da Partned ajuda a encontrar redes de franquias que se encaixam nos critérios estabelecidos.

Para cada usuário, o aplicativo mostra 21 opções. “Temos um sistema de seleção parecido com Tinder que leva em consideração a compatibilidade entre o empreendedor e o negócio”, diz Madeiro.

Por trás dessas oportunidades, estão consultores e gerentes das redes que querem expandir e divulgar suas empresas.

A plataforma é gratuita para os empreendedores. Já as redes de franquias pagam por uma assinatura mensal.

Por enquanto, a Partned tem cerca de 100 usuários ativos. A expectativa é alcançar 3 mil até o fim do ano.

Match do Tinder também foi utilizado para os Recursos Humanos

Reachr: Tinder dos Recursos Humanos

O processo de recrutamento e seleção de funcionários pode ser similar ao de encontrar um parceiro ideal? De acordo com Marcelo Braga, que atua na área de recrutamento há 16 anos, pode sim.

Ele é o fundador da Reachr, aplicativo que conecta empresas com pessoas que buscam vagas de emprego.

“O Tinder foi a semente do nosso negócio”, afirma Braga. “O modelo se ajustou muito bem ao mundo do recrutamento.”

O aplicativo – que começou a funcionar em maio de 2016 – utiliza um sistema semelhante ao dos aplicativos de namoro.

Os candidatos constroem seu perfil com base em suas experiências profissionais.  As empresas colocam na plataforma as vagas disponíveis. Os dois lados fazem buscas para acharem a combinação perfeita.

O aplicativo é gratuito para os candidatos às vagas. As empresas que anunciam as oportunidades de emprego pagam para usar a ferramenta. Os preços variam de acordo com a recorrência das vagas anunciadas.

A Reachr não espera um crescimento para esse ano.

“Estamos em um momento econômico difícil, a maioria das empresas não está criando novas vagas”, diz Braga. Por isso, o empresário está focado em melhorar o posicionamento da marca no mercado. “Queremos estar preparados para o momento da retomada.”

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