Nascido na pequena Guaraci, uma cidade de 10 mil habitantes no noroeste paulista, Nadim Farid Nicolau Neto começou a trabalhar cedo.
Já com sangue empreendedor correndo pelas veias – e também para complementar a renda familiar -, aos 13 anos ele vendia “gelinho” no campo de futebol da cidade.
No ano 2000, Nadim passou no vestibular, mas seus pais não tinham dinheiro para arcar com a matrícula e as mensalidades.
Na época, nem cheque podiam dar, porque estavam sem crédito bancário.
Como Nadim ainda não tinha o nome negativado, ele mesmo abriu uma conta e deu dois cheques para fazer a matrícula.
“A gente sabia que o cheque voltaria, porque não tínhamos o dinheiro, mas foi a saída que encontramos”, relembra o empreendedor.
Sem conseguir pagar a mensalidade, Nadim organizava festas para os alunos da universidade e assim arrecadava algum dinheiro para alimentação e se manter durante o curso, que era em tempo integral.
No fim do primeiro ano da graduação, sem ter pago nenhuma mensalidade, Nadim e o pai foram negociar com a escola.
“A faculdade deixou a gente dividir o que devia em notas promissórias e, em 2002, com a morte do meu avô, meu pai recebeu um dinheiro e conseguiu acertar a faculdade.”
Novos caminhos
Em 2004, Nadim se formou dentista e foi trabalhar em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
“Um amigo meu trabalhava em uma clínica popular lá e me chamou. Entrei no ônibus e fui.”
Ali, Nadim aprendeu o modelo de clínica popular e decidiu empreender quando havia economizado R$ 16 mil.
“Eu acreditava no modelo de cobrar barato e decidi ir nesse caminho.”
Nadim detectou uma oportunidade em Santa Catarina, onde ainda não havia muitas clínicas odontológicas com perfil popular, e abriu um consultório em Itajaí em 2005.
Em 2007, com o crescimento do negócio, ele criou uma rede popular de clínicas odontológicas e chegou a ter 70 unidades em operação em 2012.
Como a rede não funcionava no modelo de franquia, mas sim em sociedade com dentistas locais, a dificuldade foi consegui dar padrão a todas as unidades.
“Nosso único padrão era montar no centro da cidade e atender barato”, lembra.
Nunca parar de estudar
Em 2014, com um MBA no currículo, Nadim teve a ideia de mudar sua atuação e começar uma nova rede, com um novo posicionamento de mercado, mais premium, já dentro do sistema de franquias, com manuais e processos definidos desde o começo.
“Pensei: ‘eu tenho que fazer algo diferente, porque todo mundo está atuando no centro das cidades e cobrando barato”, lembra.
Foi então que ele pensou em fundar uma rede de franquia odontológica premium.
Com o novo modelo de negócio em mente, começou a fechar e vender as clínicas da antiga rede para iniciar o novo negócio.
Nasce a rede de franquia odontológica premium
Assim, a Oral Unic foi fundada em 2016 em Itajaí (SC) para atender clientes das classes C e B com a mais moderna tecnologia do mercado e serviços de qualidade.
“Ficamos oito meses estudando o segmento para descobrir como poderíamos ser diferentes do que já existia no mercado odontológico”, explica Nadim.
Montar uma unidade da Oral Unic requer investimento de R$ 950 mil e um espaço de cerca de 400 metros quadrados.
Cerca de R$ 200 mil vão somente para a compra de equipamentos odontológicos, incluindo um de raio-x panorâmico, que normalmente só é encontrado em laboratórios.
“É um equipamento de R$ 90 mil e todas as nossas clínicas têm.”
Além disso, as unidades têm salas pré e pós-operatório e um centro cirúrgico completo, com desfibrilador e monitor cardíaco.
“Optamos por trabalhar com os melhores produtos do mercado.”
Com esse posicionamento, a Oral Unic oferece todos os serviços odontológicos aos seus pacientes, desde uma limpeza até as modernas lentes de contato dental.
O carro-chefe, hoje, são os implantes, que respondem por 70% do faturamento das unidades.
Os serviços podem ser parcelados pelo cliente em até 20 parcelas, dependendo do valor do tratamento.
Com o conceito premium e oferecendo serviços de alto valor agregado, a Oral Unic dá hoje aos seus franqueados o maior tíquete médio do setor de franquias odontológicas – R$ 6 mil – e o maior faturamento médio por unidade – R$ 400 mil.
Crescimento acelerado
No final do primeiro ano de atividade, a Oral Unic tinha três unidades em operação.
Em 2017, começou a expansão por franquias e a rede encerrou o ano com 11 unidades e receita de R$ 21 milhões.
Em dezembro de 2018 o número de clínicas saltou para 30, e a rede atingiu um faturamento de R$ 91 milhões.
Hoje, são 49 unidades em funcionamento e a expectativa de encerrar 2019 com receita de R$ 215 milhões e 60 clínicas abertas.
Em função de seu crescimento acelerado, a Oral Unic foi selecionada, em 2019, para participar do programa ScaleUp da Endeavor, uma organização global de apoio ao empreendedorismo.
Foram 12 empresas selecionadas entre 150 inscritas.
Agora, a Oral Unic vai receber mentoria para escalar o negócio mais rapidamente.
Sobre a Oral Unic
Rede de franquia odontológica premium fundada em 2016 pelo dentista Nadim Farid Nicolau Neto.
Em 2019, tem 49 unidades abertas e até o final do ano serão 60.
O faturamento da rede chegou a R$ 91 milhões em 2018.
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