Responsabilidade social no franchising

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Responsabilidade social no franchising

09/05/2013

Desenvolvimento de negócios sustentáveis não é somente uma proposta para empresas de grande porte ou, como muitos imaginam, para o setor industrial. Diante do esgotamento mundial dos recursos naturais, todo e qualquer negócio deve ser repensado também pela ótica do desenvolvimento sustentável. A capacidade de exercer uma atividade econômica que garanta às futuras gerações condições de dar continuidade ao empreendimento é tão imprescindível quanto a necessidade de se obter lucratividade.

O setor de franquias brasileiro, que este ano completou 21 anos, apresenta números expressivos. Conta com cerca de 1.200 marcas franqueadoras, faturamento anual de R$ 46 bilhões e 65 mil pontos de vendas, que juntos empregam quase 600 mil pessoas. Mas o sucesso das redes depende do êxito da franquia, quase sempre um pequeno negócio. Para estimular o setor a entrar na rota da sustentabilidade é que foi criada, em 2005, a Afras (Associação Franquia Solidária), braço de responsabilidade social empresarial (RSE) da ABF – Associação Brasileira de Franchising.

No início, a Afras dava suporte para que as associadas desenvolvessem projetos sociais como ação de responsabilidade social da empresa. Mas após conquistar a credibilidade do setor, já em 2006, houve um amadurecimento da sua missão. A Associação percebeu que o conceito de RSE deveria ir além do que o simples fomento de projetos voltados à comunidade. Dessa forma, a Afras passou a orientar suas associadas a adotar uma gestão responsável e sustentável em relação aos colaboradores, fornecedores, clientes, governo e meio ambiente. É necessário ensinar que o conceito de RSE é uma prática de gestão.

No ano passado, a Afras, em parceria com o Instituto Ethos, decidiu criar indicadores de RSE para o setor de franchising. O questionário que algumas redes utilizavam até então para avaliar o desempenho da empresa e traçar planos de ação sobre o tema não contemplava as características específicas do setor como, por exemplo, a relação do franqueador com seu franqueado. Foram convocadas 13 marcas representativas do franchisng para a elaboração de 36 indicadores que foram lançados em outubro deste ano. Entre eles, destacam-se compromissos éticos, práticas anticorrpução e antipropina, balanço social, governança corporativa, critérios de contratação, valorização da diversidade entre outros.

Os indicadores se destinam, em primeiro lugar, às franqueadoras, pelo forte poder de influência que exercem nas franquias. Entretanto, a ferramenta possui questões que avaliam se a empresa franqueadora incentiva ou orienta suas franquias a realizar boas práticas adotadas por ela. O setor contará com um banco de dados administrado pelo Instituto Ethos, que permitirá uma avaliação clara sobre o desenvolvimento da responsabilidade social dentro das empresas que aderirem à utilização dos indicadores. Os resultados da sua aplicação passarão a nortear as atividades estratégicas da Afras nos próximos anos. As perspectivas de aplicação dos indicadores são extraordinárias. Apenas as 13 marcas que participaram da elaboração representam 5.506 pontos de vendas.

O desenvolvimento de negócios sustentáveis é um caminho sem volta. As empresas encontram na gestão de responsabilidade socioambiental uma forma equilibrada para exercitar e consolidar seus valores de forma ética e transparente. Será possível repensar atividades, abrir espaços para o engajamento, criatividade e inovação. Como prêmio, o consumidor consciente retribui esses esforços estabelecendo uma relação próxima e de longo prazo com as marcas.

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