Veja os impactos e como estão se adaptando as franquias na pandemia

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Dados: Veja os impactos e como as franquias estão se adaptando a pandemia

15/06/2020

A ABF (Associação Brasileira de Franchising) soltou um estudo fresquinho sobre como as franquias estão se comportando na pandemia de Covid-19.

Como era de se esperar, o setor foi bastante impactado, mas ainda continua apresentando resultados superiores a negócios isolados ou a economia de forma geral.

Por exemplo, considerando o desempenho do setor no 1º trimestre de 2020, houve um crescimento no faturamento de 0,2%, menos que os 7% de crescimento no mesmo período de 2019, mas superior ao PIB e ao Varejo, que registraram quedas.

O impacto maior foi na segunda quinzena de março, em que aproximadamente metade das franquias apresentaram uma queda no faturamento superior a 25%, o que é compreensível dado que muitas cidades e estados implementaram políticas de distanciamento social e fechamentos de centros comerciais neste período.

“Nossa pesquisa mostra que o setor estava com um bom desempenho em janeiro e fevereiro, mas em março o declínio devido à pandemia ocorreu de forma muita rápida.

As políticas de isolamento social, principalmente o fechamento dos shoppings, provocaram uma diminuição sensível na demanda do consumidor.

A queda só não foi maior, pois essas ações foram implementadas no final do trimestre, sem contar que muitos estados ainda não tinham aderido firmemente à quarentena”, afirma André Friedheim, presidente da ABF.

É importante ressaltar que mesmo neste cenário, as redes mantiveram seus planos de expansão, mesmo que em ritmo menor. O setor encerrou o trimestre com 161.141 unidades em operação, 1% a mais do que no trimestre anterior (na mesma comparação no 1º trimestre de 2019 esse saldo foi de 2,5%).

Segmentos com melhores resultados

Na análise por segmento, notamos que alguns conseguiram manter seu crescimento. Os que apresentaram melhor desempenho foram Serviços Automotivos (crescimento no faturamento de 7,4%), Comunicação, Informática e Eletrônicos (+6,9%), Limpeza e Conservação (+5,6%), Casa e Construção (+3,6%) e Serviços Educacionais (+3,5%).

Características intrínsecas de cada segmento foram bastante importantes para tais resultados.

No caso de Serviços Automotivos, temos o impacto de uma frota mais envelhecida e o fato de que muitas cidades, incluindo São Paulo, permitiram a continuação da atividade na quarentena.

Já Comunicação, Informática e Eletrônicos vem sendo estimulado pela consolidação de empresas de tecnologia em meios de pagamento, além do crescimento dos investimentos em marketing digital e comunicações online de forma geral – muitas redes desta área inclusive, operam no modelo home based, logo já estavam preparadas para o momento de isolamento social.

Além da recuperação dos mercados imobiliário e da construção civil, Limpeza e Conservação e Casa e Construção são segmentos que possuem clientes corporativos que, em geral, são mais resilientes.

Houve ainda uma maior demanda por limpeza, pelas questões sanitárias envolvidas na pandemia, e a realização de manutenções e pequenas obras em casas, que agora passaram a concentrar a maior parte da vida das pessoas.

Por fim, o segmento de Serviços Educacionais conseguiu migrar grande parte de seus serviços para o ambiente online – alguns países inclusive registraram aumento de demanda para capacitação a distância na quarentena -, além de ser o período em que grande parte das matrículas são realizadas.

Outros ramos que merecem destaque são os de franquias de supermercados e farmácias, que experimentaram um pico de demanda no final de março, cujos resultados devem se refletir mais fortemente no segundo trimestre.

Maior segmento do franchising brasileiro, o segmento de Alimentação já sentiu com força os impactos da Covid-19 e registrou uma queda no faturamento no trimestre de -1,6%.

Adaptação ao novo cenário

O estudo da ABF identificou também que o setor reagiu rápido aos reflexos da pandemia.

Dentre as principais ações já adotadas (índice superior a 70%) estão serviços online, orientações e treinamentos sobre Covid-19, delivery, e-commerce e promoções.

Um pouco abaixo, mas com grande penetração, estão a formação de comitês de crise, criação de novos produtos ou serviços, antecipação de férias na franqueadora, desenvolvimento de novas tecnologias/inovação e ações solidárias (índice superior a 55%).

ESTRATÉGIAS ADOTADAS NO PERÍODO DE CRISE

“Este difícil momento que vivemos mostra mais uma vez as vantagens de empreender dentro do sistema de franchising.

Não que nossas unidades estejam imunes, mas elas têm mais estrutura e acesso a conhecimentos e experiências para reagir mais rápido.

Não raro, o primeiro crédito que o franqueado tem acesso, por meio da postergação ou suspensão de taxas e pagamentos, é do próprio franqueador.

Além disso, muitas redes se mobilizaram para buscar melhores condições de crédito, negociar com locatários e administradores de shoppings e conversar com fornecedores diversos.

Notamos também um intercâmbio ainda maior entre os franqueados e até o desenvolvimento de novos produtos e serviços”, ressalta André Friedheim.

Como boas práticas, algumas redes relataram ainda o suporte intensificado aos franqueados, a realização de reuniões online e webinares, comunicação frequente, home office e atendimento via redes sociais.

Outro indicativo da solidez do setor é que 47,7% das redes mantiveram ou ampliaram seus planos de expansão.

PREVISÃO COM RELAÇÃO AO PLANO DE EXPANSÃO

 

 

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