Colorir roupas, bolsas e acessórios pode virar franquias

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Após moda de livros, empresa de roupa e bolsa para colorir planeja franquia

20/10/2016

UOL – Larissa Coldibeli – 19/10

A recente moda de livros para colorir ajudou o mercado de personalização. A marca Você Q Faz também explora esse filão, só que, em vez de livros, usa roupas, bolsas, almofadas e quadros para colorir.

A empresa acaba de inaugurar um quiosque no shopping Eldorado, no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, e quer virar franquia em 2017. O designer Rafael Ruschel, 42, dono da empresa, diz que não foram os livros que o inspiraram, mas sim um episódio da série de TV Grey’s Anatomy.

“Em um episódio da série, as personagens se divertiam customizando bodies em um chá de bebê. Achei interessante e resolvi pesquisar. Descobri que é um hábito americano e achei que tinha potencial também no Brasil”, diz Ruschel.

Ele e a mulher, Priscila Nunes, 32, investiram entre R$ 20 mil e R$ 30 mil na criação da empresa, em 2014. Inicialmente, o negócio tinha o nome de Pinta Bebê e fornecia bodies em branco e kits com canetinhas, adesivos que grudam com calor, glitter e outros acessórios para personalizar. As vendas eram feitas pela internet.

A partir da dica de uma cliente, ele passou a criar estampas para colorir e aumentou a linha de produtos. No início de 2015, com a expansão, adotou o nome Você q Faz.

Mais de 40 itens para colorir

São mais de 40 produtos disponíveis para colorir: bodies de bebês, camisetas adulto e infantil, bolsas, mochilas, almofadas, quadros e caderninhos. Todos os produtos vêm acompanhados com, no mínimo, quatro canetinhas, que também são vendidas avulsas (a partir de R$ 2,50 cada).

Os preços dos produtos começam em R$ 25 (caderninho mais seis canetinhas) e vão até R$ 60 (almofada mais quatro canetinhas). As camisetas custam R$ 45 (infantil, que vem com quatro canetinhas) e R$ 50 (adulto, também com quatro canetinhas).

Hoje, além do quiosque em shopping, há outros três pontos de venda em São Paulo: nas feirinhas do shopping Center 3 (no bairro da Bela Vista – Centro), da Praça Benedito Calixto (em Pinheiros, zona oeste) e da Praça Cornélia (na Lapa, zona oeste).

Além dos produtos próprios, a empresa também vende itens de parceiros, mas todos com a mesma proposta de personalização, como bonecas de pano para montar e colorir.

“Nossa proposta é que o cliente interaja com os produtos e tenha apego emocional. Nosso diferencial é que o cliente pode vestir o que ele mesmo criou, por isso, é melhor do que os livros de colorir. É um produto único, sem concorrentes”, diz.

Quer crescer com franquia

A empresa faturou R$ 270 mil até setembro deste ano e pretende encerrar 2016 com faturamento de R$ 350 mil. O lucro não foi revelado.

A meta é abrir novos pontos de vendas e lançar franquias a partir de 2017, depois que consolidar o modelo de loja física. A loja virtual segue em operação e vende para todo o Brasil.

Os bodies de bebê que deram origem ao negócio hoje não são o principal, mas os itens infantis são quase 80% das vendas, segundo Ruschel.

Produto é facilmente copiável

Para o consultor do Sebrae-SP Gustavo Carrer, a empresa acerta ao investir na personalização de produtos, que é uma tendência. Além disso, os livros de colorir, apesar de não estarem mais tão na moda como antes, deixam um público residual, que ainda procura por esses produtos.

“O empresário poderia apostar também em livrarias e bancas como pontos de venda, para conquistar o público que busca pelos livros. Criar concursos de pinturas, incentivar o compartilhamento de fotos nas redes sociais são outras formas de criar engajamento”, declara.

Ele diz que o segmento tem pouca barreira de entrada, ou seja, o negócio é facilmente copiável. “Uma saída é apostar em linhas de produtos assinadas por artistas plásticos, criar uma identidade para o produto ser facilmente reconhecido como sendo da empresa. Outra estratégia é expandir rápido para evitar a concorrência”, afirma.

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