Em 2018 depois de ter experimentado o autosserviço em uma viagem aos EUA, pude notar que essa solução vem de encontro ao mercado brasileiro, em especial para cidades que tem altos índices de umidade e a dificuldade de secar roupas, aliado ao fato de que o consumidor não deseja mais investir grandes valores em máquinas de lavar e secar onde o espaço para acomoda-las nos apartamentos está cada vez menor.

No mesmo ano, o empresário – que antes da Lavô trabalhou 25 anos na área comercial – começou a pesquisar sobre esse modelo de negócio e resolveu abrir uma unidade de testes em Balneário Camboriú. “Apesar de morar em São Paulo, eu sabia que a concorrência na cidade era muito maior”, explica. “O fato de Balneário Camboriú ser uma cidade litorânea, onde as pessoas sujam muito as roupas, também influenciou na escolha”.

Formado em Marketing pela Faculdade Anhanguera, com pós-graduação em Gestão de Projetos (Senac) e especialização em Energia Solar (Unicamp), Donaton criou a Lavô como um modelo de negócio com baixo investimento, retorno rápido e que dispensa contratação de funcionários. O projeto foi um grande sucesso e inspirou a abertura da primeira unidade em outubro de 2019.

Nas unidades da marca, o tempo total de utilização do serviço é de aproximadamente uma hora entre lavagem e secagem. Em um ciclo completo, o usuário pode lavar até 10 quilos de roupas (25 peças, em média). O modelo de negócios permite a adoção de um horário de funcionamento flexível – as lojas podem operar 24 horas por dia, sete dias por semana. O público que consome o serviço é variado, incluindo desde jovens solteiros e donas de casa e aposentados.

Em julho, a Lavô passou a ser uma das marcas aceleradas pela 300 Franchising, empreendimento liderado pelos irmãos empresários Leandro e Leonardo Castelo, fundadores da Ecoville, a maior rede de produtos de limpeza do país. Com o suporte da 300 Franchising no processo de expansão, a Lavô projeta encerrar o ano com 35 unidades e um faturamento de R$ 700 mil. Para 2021, a projeção é de um total de 120 lojas, com faturamento de R$ 2 milhões.

Segundo Donaton, a crise gerada pela pandemia não teve impacto significativo nos negócios da marca. “Com a crise, mudamos alguns planos de inaugurações de unidades, mas esse momento nos fez sair do lugar comum e encontrar outras formas de expandir o negócio. Foi assim que começamos o projeto de expansão e conhecemos a 300 Franchising”, conta o empresário. “Em agosto, a 300 Franchising começou a operar a venda de franquias.”