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Redes americanas investem no apetite dos brasileiros

27/11/2014

Jornal Brasil Econômico – Redação – 19/11

De restaurantes casuais a uma rede de rosquinhas, eles não acreditam na recessão do país

Os consumidores brasileiros, apertados pelo crescimento estagnado e por uma moeda mais fraca, estão comprando menos produtos estrangeiros. Mas isso não se aplica quando o assunto é alimentação fora de casa.

Depois que algumas redes fracassaram em suas tentativas anteriores de entrar na maior economia da América Latina, as operadoras dos chamados restaurantes casuais dos EUA estão se expandindo novamente. Cadeias como a Red Lobster estão surgindo para atender a demanda de consumidores de classe média que não podem pagar o jantar em restaurantes de padrão mais alto, mas que buscam uma noite com um pouco mais de classe. Outras, como a TGI Fridays, retornam em busca do desempenho do passado.

A Red Lobster Seafood Co., que foi adquirida pela Golden Gate Capital Corp. em julho, abriu seus dois primeiros restaurantes no Brasil neste ano, no Itaim Bibi e no Aeroporto Internacional de São Paulo, e tem planos para mais 12. A bandeira está inaugurando lojas com a International Meai Co., a única operadora de redes de restaurantes de capital aberto do Brasil, disse o CEO da Red Lobster, KimLopdrup.

"O Brasil é um dos mercados mais atrativos da América Latina devido ao seu tamanho, perspectivas de crescimento de longo prazo e forte aceitação dos restaurantes americanos casuais", disse Lopdrup,por e-mail.

Um prato de lagosta no Red Lobster custa de R$ 79 a R$ 169, ou cerca de US$ 30 a US$ 65, em São Paulo, contra US$ 27 a US$ 41 na Times Square, em Nova York.

Já a TGI Fridays está voltando após uma ausência de quatro anos. A empresa, que foi adquirida neste ano pela Sentinel Capital Partners e pela TriArtisan Capital Partners, deixou o Brasil por causa de "algumas preocupações financeiras relacionadas ao nosso sócio de franquia", disse Jean Baudrand, vice-presidente para Desenvolvimento de Negócios Internacionais. O Brasil era "uma região de alto desempenho" para a rede, disse Baudrand.

Outra que está fazendo o caminho de volta ao país é a Dunkin' Brands Group, que está planejando até 150 cafeterias com iluminação ambiental, wi-fi e sofás. A rede está voltando ao Brasil após fechar suas franquias cerca de uma década atrás por causa de problemas na cadeia de abastecimento, disse Scott Murphy, diretor de Abastecimento e vice-presidente de Operações para a América Latina da Dunkin' Donuts. Desta vez, a sócia é a OLH Group um grupo com sede em Brasília que anteriormente operou franquias do Subway-, que planeja ter um estoque de seis meses de insumos importados e está tentando encontrar produtores locais de itens como copos, disse o presidente da OLH, Leandro Oliva.

"Esta ainda é uma das maiores economias do mundo e está repleta de oportunidades", disse Murphy. "As principais delas estarão nadasse média", complementou.

O impulso renovado no Brasil surge em um momento em que o país tenta sair da recessão do primeiro semestre do ano. Enquanto essa situação poderia significar uma desaceleração para os clientes americanos, isso não acontece no Brasil, disse Renato Meirelles, presidente do Data Popular, instituto de pesquisa focado na classe média, faixa da população que o órgão define pelas famílias com uma renda mensal média de R$ 1.694 a R$3.094. Comer fora regularmente faz parte da cultura dos brasileiros e os 40 milhões de pessoas que ascenderam à classe média na última década não são uma exceção.

"Elas não desistem de comer fora, mas trocam restaurantes melhores por pizzarias ou reduzem a frequência de saídas", disse Meirelles. "E que nem viajar de avião: aqueles que começam não vão mais viajar de ônibus. As pessoas não voltam para trás."

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