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Potencial de venda atrai mais lojistas ao metrô

24/07/2014

Jornal DCI – 21/07 – Fellipe Aquino

Com baixos custos de investimentos e um público superior a quatro milhões de pessoas por dia, as estação de trens da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) passaram a ser consideradas como uma ótima opção de investimento entre as redes de franquia. Assim, a alta procura no mercado faz com que empreendedores fiquem até quatro anos na fila de espera para garantir o seu lugar entre os mais de 238 espaços, além dos locais disponíveis na linha 4 -Amarela, que atualmente conta com 53 pontos comerciais.

Entre as redes que já exploram esses espaços está a Lanchão e Cia., que irá investir cerca de R$ 2 milhões em oito operações no metrô da capital paulista. Com mais de 70 unidades entre franquias e lojas próprias, a marca tem uma unidade na estação Armênia, região central de São Paulo e aponta estar entre as principais hamburguerias do País. É o que garante o sócio proprietário da rede, Rosan Domingues. "Abrir lojas no metrô era uma aposta da companhia, que acabou sendo superada em 70%, já que conseguimos atuar em grande escala no volume de vendas".

O sucesso da unidade na estação de metrô foi tanto que mais dez lojas devem ser abertas nos próximos anos. "Essa primeira unidade no metrô foi um primeiro projeto-piloto que deu muito certo. Esperávamos faturar R$ 80 mil e hoje faturamos R$ 150 mil por mês", ressalta ele. E completa: "No total mais de 18 mil pessoas passam pelo nosso empreendimento todos os meses, um volume que jamais atingiríamos em um loja de shopping center".

Presente em nove estados, com exceção da região Norte, a companhia prevê faturar cerca de R$ 1,5 milhão por mês quando as dez franquias estiverem em funcionamento. "Para operar no metrô tivemos que fazer algumas adaptações e investimentos em alta tecnologia, como a compra de um fogão que não emite cheiro e que ainda retém a gordura".

Voltada para as classes C e D, a expectativa é de a rede chegar a 100 unidades em 2015. "No ano passado faturamos R$ 42 milhões. Em 2014 devemos fechar o ano em R$ 50 milhões".

Com contratos renováveis a cada seis meses com o metrô, o empresário afirma que a procura de investidores internacionais aumentou após a Copa do Mundo. "Em junho registramos um incremento grande em nossa loja do metrô, tanto que fomos procurados por investidores dos Estados Unidos e Portugal. Inicialmente queremos consolidar a marca no Brasil e daqui a cinco anos internacionalizar".

Esmalteria no metrô

Outra empresa que também está de olho nesse mercado é a Loucas Por Esmaltes. Com dez pontos de vendas em estações localizadas em São Paulo e mais duas no Rio de Janeiro, a marca chega a vender em média 400 esmaltes por dia, contou o sócio proprietário da companhia, Jorge Miranda. "Decidimos investir em quiosques no metrô, pois trabalhamos com um produto de baixo custo. Assim, conseguimos atingir aquelas pessoas que estão passando pelo local e têm apenas um trocado na carteira".

Com expectativa de expandir os negócios para os principais metrôs do País, ele afirma que o risco de investir no seguimento é praticamente zero. "O volume de pessoas que passa pelas estações é absurdo, o que elimina gastos com marketing e publicidade já que a divulgação acaba sendo visual", explica o empresário. Ele agora irá abrir sua primeira unidade na Linha 4-Amarela. "Lá as coisas são menos burocráticas, por se trata de uma linha privada. O aluguel se aproxima muito dos valores cobrados nos shopping centers, mas ainda assim vale realmente o investimento".

De acordo com Miranda, hoje existem dois formatos de operação oferecidos pelo metrô. O primeiro através de licitações públicas e o segundo pelo sistema de Carta de Autorização de Uso (CAU), que é utilizado pela marca. "Pagamos uma espécie de aluguel para a Companhia, sendo que o metro quadrado fica em torno de R$ 1.500. Acredito que uma boa relação com a empresa seja fundamental para a permanência do negócio nas estações, já que existe um fila muito grande de interessados em operar no mesmo formato. Nós demoramos cerca de seis meses para conseguir essa autorização".

Registrando faturamento de R$ 1 milhão no ano passado, a Loucas Por Esmaltes prevê faturar R$ 2 milhões em 2014, além de chegar a 100 lojas até o próximo ano. "Até dezembro vamos chegar a 60 unidades, sendo que todas as lojas são franquias, com exceção da unidade em Mogi das Cruzes (SP)".

Presente em seis estados brasileiros, com 39 pontos de vendas, a marca irá abrir sua primeira unidade no exterior, como adianta Miranda. "A loja será aberta em um shopping de Orlando, na Flórida (EUA). Esse é um projeto com grande potencial já que os EUA são o país onde mais se consome esmaltes no mundo, seguido pelo Brasil, na segunda posição".

Salgados em alta

A rede de salgados Baffs é outra marca de olho no potencial econômico das classes C e D nas estações. Com 10 pontos de vendas populares, a companhia chega a atender de 500 a 600 pessoas por dia no metrô, como afirmou o diretor Comercial da rede, Rafael Camargo. "Esse é um número que jamais atingiríamos em um shopping convencional. Além disso, conseguimos manter um padrão de vendas aos sábados e domingos, já que o volume de passageiros continua sendo alto". Com unidades nas principais estações da capita lpaulista, todas próprias, a marca afirma que economiza até R$ 220 mil com a ausência de taxas cobradas pelo metrô. "No shopping, a média de luvas cobradas fica em torno de R$ 220 mil. Se você levar em consideração que não terá de pagar essa taxa, o investimento acaba sendo muito interessante, independentemente da estação onde você esteja. Ganhando ou perdendo, esse é um ótimo negócio", disse.

De acordo com Camargo, novas regras de regulamentação possibilitaram um incremento no setor, que cresceu principalmente nos dois últimos anos. "Antigamente o comércio nas estações não eram visto com bons olhos. Com a intensificação da fiscalização, porém, as coisas começaram a mudar".

Com 30 unidades entre próprias e franqueadas, o empresário conta que foram "longos" quatro anos até abrir a primeira unidade. "Nossos contratos são por conta das licitações e o metrô tem algumas restrições em relação às franquias. O processo é muito demorado e concorrido, porém justo". Ao todo, a rede espera crescer o faturamento em 60% e termais cinco unidades.

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