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Mais baratas, ‘franquias sobre rodas’ proliferam

13/11/2014

Folha de S.Paulo – Filipe Oliveira – 10/11

Redes vendem roupas e comida na rua e fazem festa dentro de ônibus
Empresas economizam com aluguel, mas têm mais dificuldades para fidelizar clientes, atrair público e ter exposição

Fabiane Ploposki, 41, trabalhava revendendo em Curitiba as roupas que comprava em São Paulo. Ela as oferecia principalmente dentro de empresas. Mas, para cada venda, eram necessárias ao menos duas viagens, já que ela permitia que as clientes provassem as peças em casa.

Ela solucionou o problema em 2008: comprou e adaptou uma van para montar seu negócio sobre rodas, a Boutique de Rua. Foram investidos R$ 140 mil na compra e adaptação do veículo, que tem provador e espelho. Hoje, a empresa conta com seis unidades licenciadas.
Outras redes de franquias têm utilizado o formato móvel principalmente para reduzir os custos de aluguel em pontos disputados, como shoppings.

"E uma troca que o empresário faz. Ele tem menos exposição do que no shopping, mas tem menos custos fixos. Precisa de menos funcionários para operar, mas tem uma capacidade de atendimento menor", diz Mareio Tadeu Aurélio, da consultoria de franquias Aurélio Luz.
O modelo pode ser interessante do ponto de vista comercial por oferecer conveniência ao cliente, chegando com os produtos e serviços até a porta da casa, do condomínio, do trabalho ou da faculdade dele.

O negócio móvel também serve como uma ferramenta de marketing, por atrair curiosidade e atenção de quem o vê nas ruas.

Maurício Somlo, 25, trocou os custos de aluguel de um salão de festas pelo investimento em um ônibus e pagamento de contas como combustível e estacionamento.

Ele é sócio, há cinco anos, da Bus Party, empresa que faz festas itinerantes para crianças e adultos dentro do veículo. Uma festa básica para 40 pessoas, com DJ e barman, tem custo entre R$ 750 e R$ 950 a hora.

O negócio se expandiu para mais três veículos próprios e, como pessoas de outras cidades queriam fazer eventos assim, o empresário adotou o sistema de franquias no ano passado. A primeira unidade franqueada funciona em Campinas (SP).

Fidelidade

Um dos principais desafios das lojas que não ficam paradas é conseguir conquistar uma clientela fiel e que confie na empresa, segundo o consultor do Sebrae-SP Reinaldo Messias.
Para conseguir isso, as companhias criam itinerários a serem seguidos com regularidade. A curitibana Frutobom, que vende alimentos congelados de porta em porta, volta às mesmas ruas a cada duas semanas.

Se um cliente conhecido não estiver em casa na hora em que o caminhão passar, os motoristas deixam um cartão na porta para tentar combinar outro horário para entrega, diz o sócio Robinson Carlos Franco, 50.

Enquanto novas companhias iniciam sua operação móvel, grandes redes de franquias devem entrar nesse tipo de negócio com mais cautela, avalia Lyana Bittencourt, diretora da consultoria Grupo Bittencourt.

Isso porque pode haver canibalização no próprio grupo -os franqueados sobre rodas, que têm custo fixo menor, competindo com os já estabelecidos e fixos. Uma opção seria a corporação oferecer unidades móveis com uma quantidade de itens disponíveis menor. Assim elas serviriam de chamariz para os outros estabelecimentos.

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