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Franquias de serviços voltados para as mulheres têm aumento na região

13/06/2013

Diário do Comércio – Karina Lignelli – 11/06
 
A forte concorrência nas capitais brasileiras e a ida quase em massa de shopping centers para municípios com menos de 500 mil habitantes-aliado à melhora no poder aquisitivo da população-têm puxadoo movimento de "interiorização" de franquias. Dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) apontam que, só em São Paulo, a participação do interiorem relaçãoaoestado, tanto em número de lojas própriascomofranqueadas, éde 55% do total. Em relação ao País, oito cidades do interior paulista estão entre as 30 maiores em unidadesdefranquias instaladas.
 
O processo tem se intensificado nos últimos cinco anos. Hoje, qualquercidadecom 80 mil habitantes tem um shopping, que são quase um "sinônimo"defranquias, opinaAdir Ribeiro, presidente e fundadorda consultoria Praxis Business, por estas pegarem "carona" na segurança e na conveniência desses empreendimentos para se instalar. As franquias também se beneficiam das pesquisas de mercado e estudos de viabilidade da região feitos pelas ad min istradorasdeshoppings.
 
As empresas começaram a explorar mercados em que os hábitos do consumidor, que "antes almoçava em casa", estão mudando, diz André Friedheim.diretorda Francap. Segundo ele, franqueadoras buscam, para se expandir, locais onde é possível abrir lojas menores com menos investimentos, e onde a mão de obra e a carga tributária são mais baratas, afirma.
 
Ele cita como exemplo a união da Puket, Imaginariume Balonè, queformaram um novo modelo defranquias sob a marca Love Brands. O objetivo Opera rem cidades pequenas e médias. "Montaruma loja exclusiva de cada talvez não se viabilizasse. Porisso,juntaram-se três marcas sinérgicas e não-concorrentes mas que podem servir para o mesmo momento de compra do consumidorpara justificar essa loja", diz Friedheim.
 
ADAPTAÇÃO
 
Outro exemplo é a rede Rei do Mate, que há três anos percebeu o potencial das cidades pequenas para expandir seu modelo de negócio. Com 56 lojas no interiordeSão Paulo e33 no interior do Rio de Janeiro, a rede voltou os olhos a essas regiões devido às mudanças provocadas pela melhoria na distribuição de renda, e pela quantidade de interessados em abrir um negócio fora das capitais, diz a diretora de expansão e operações Adriana Lima.
 
E tudo isso sem a necessidadede mexer no mixde produtos, mas apenas de adaptar o mobiliário saindo do esquema fastfood das grandes cidades.
 
No interior, as pessoas preferem sentar e bater um papo, afirma Adriana. Outro detalhe é que, mesmo que essas pessoasfaçam refeições em casa por morar perto do trabalho ou da faculdade, o aumento na renda fez a parada para o café ou lanche ser mais freqüente. "Procuramos locais com alta concentração de pessoas e pedestres. Tanto que 60% dessas lojas são de rua", diz.
 
Esse conhecimento local, que inclui suporte de uma estrutura regional da rede para o negócio dar certo, é um dos desafios para esse tipo de expansão, afirma André Friedheim, da Francap. "Ofato de ser local, ter relacionamentos na região, facilita a instalação. Sóestandoiá para entendera necessidade de fazeradequaçõesdo modelo, buscar alternativas em metragem de lojas, ter menos funcionários, enfim: fazer mais no interior com menos que na capital", diz.
 
Para AdirRibeiro.da Praxis, outro ponto que chama a atenção é a aprovação do franqueador, que apenas validará uma unidade se tiver estudos prévios do potencial da região. "Massevaidarcerto é outra história: depende da qualidadeda gestãodesse franqueado. Sua presença física tem um peso muito grande no desenvolvi mento d essa loja", alerta.
 
CAMINHO INVERSO
 
Nem todas as redes nascem nos grandes centros e vão para o interior: há franquias que, além de surgirem longe das capitais, focam sua estratégia de expansão no entorno e crescem criando verdadeiros impérios porcidadesde porte semelhante. "Além de ainda ter muito espaço para a interiorização, há espaço também para redes regionais, puxadas pelo potencial de consumo maior que não está restrito às grandes capitais", diz Adir Ribeiro, da Praxis, que cita como exemploa rede Chiquinho
 
Sorvetes, de São José do Rio Preto (SP), que tem cerca de 200 lojas por Atibaia, Campinas e no interiordo Mato Grosso, e da aguardenteria Água Doce, de Tupã (SP), que primeiro quis fincar o pé nos arredores para só depois conquistara "cidadegrande".
 
Criada no início dos anos 1990 pelo tecnólogo da área sucroalcooleira Delfino Golfeto, a Água Doce nasceu num balcão improvisado, na garagem do empreendedor. A facilidade em selecionar boas cachaças e criar coquetéis inovadores, aliadas às degustações de quitutes preparados pela esposa, segundo conta, virou franquia em dois anos somente pelo boca a boca.
 
Depois do piloto em Tupã, seguiu por Ourinhos, Presidente Prudente, Araçatuba, Ribeirão Preto… "A rede nasceu com a certeza de ser franqueável, mas ainda sem saber como funcionava o modelo. Crescemos na região em função de pratica roque o franchising moderno pratica hoje: dar cobertura para o franqueado quando mais precisa, ou seja, no início da operação. Dava para treiná-los de dia e voltar pra trabalhar na minha loja à noite", relembra.
 
Atualmente, de acordo com Golfeto, a Água Doce tem 104 lojas (sendo 60% no interior de São Paulo), e espalhadas em 12 estados e nove em ca pitais. Outras dez devem entrar em operação em 2014. A atual meta da rede é focar menos em expansão e mais em renovação, inclusive na loja deTupã-seja em reforma, mudança de ponto, revenda, remontagem, e até mesmo para dar um upgrade onde "acendeu a luz amarela" em termos de faturamento.diz o dono da rede que ganhou o prêmio de "Franqueadora do Ano" da ABF, no mês de abril.
 

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