Os franqueadores de academias de ginástica ainda são jovens novatos nesse mercado, porém exibem muita energia e disposição. A primeira franqueadora no setor tem menos de dez anos de vida. Nesse tempo, o negócio proliferou país afora com modelos diferenciados atraindo cada vez mais clientes das várias classes e idades.
Hoje já são 22 empresas franqueadoras que, juntas, faturaram R$ 626 milhões no ano passado. Apesar de uma retração de 18,4% sobre 2015, os empresários estão otimistas e projetam uma reviravolta para este ano, com alta de dois dígitos. A abertura de uma franquia nessa área pode custar entre R$ 500 mil e R$ 5 milhões.
“Dez anos atrás não se falava em academia de ginástica no sistema de franquia. É um produto novo crescendo rapidamente e com bons resultados financeiros, apesar da retração na receita em 2016, que se justifica pelo cenário econômico”, afirma Beto Filho, presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF-Rio). “Para este ano, no entanto, há uma estimativa de alta de 10% no faturamento”, prevê.
É o caso, por exemplo, da rede Smart Fit, que pertence ao Grupo Bio Ritmo. Inaugurada em 2009, abriu a primeira franquia três anos depois. “A marca conta com cerca de 70 operações e outras 270 próprias e segue com forte expansão em 2017. A previsão é que sejam inauguradas 70 novas unidades no Brasil, das quais 30 serão franquias”, informa Edgard Corona, presidente e fundador do Grupo Bio Ritmo/Smart Fit. Para adquirir uma franquia da rede o empreendedor tem que desembolsar R$ 4 milhões e o retorno previsto se dá a partir de 36 meses, diz o executivo.
A Smart Fit aposta no modelo denominado “Geração Smart”. “Investimos em espaço para a prática de treinos funcionais; aulas circuitadas de 30 minutos; salas de ginástica para a realização de aulas abdominais, ritmos e alongamento, fora treinos de alta intensidade” conta. Outra inovação em implantação é a abertura de um bar na própria academia. Trata-se – segundo Corona — de um bar onde os clientes poderão consumir e pagar mensalmente menos da metade do valor praticado em estabelecimentos comerciais convencionais.
A Pure Pilates chegou ao mercado em 2009 e já contabiliza 30 operações. A meta é abrir outras 12 unidades até o final do ano. “O faturamento ficou em R$ 5 milhões em 2016, quando foram abertas nove unidades”, diz Douglas Paiva, fundador da empresa. A academia oferece a seus alunos um aplicativo para o controle das aulas por celular, tablet ou computador. Através do aplicativo, o aluno consegue avisar que vai faltar a uma aula, agendar e cancelar reposição de aula, consultar quantas reposições têm pendentes e até a data de expiração de seu plano.
Valor Econômico – Rosangela Capozzoli – 27/03/17
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