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Falta de experiência em negócios atinge 6 em 10 futuros franqueados

12/02/2014

Porta IG Economia – Patricia Basilio – 01/02

Falta de experiência em negócios atinge seis em dez futuros franqueados no Brasil. É o que aponta levantamento realizado pelo “Portal Sua Franquia”, braço do Grupo Bittencourt, publicado com exclusividade pelo iG.

Segundo o estudo, 60,7% dos interessados em franquias nunca operaram um negócio próprio, enquanto 63% não têm experiência no segmento em que pretendem investir.

Renato Sala, gerente do portal, explica que o resultado se deve ao próprio perfil do franchising, que é ideal para quem não tem bagagem empresarial e é averso a risco.

"O resultado não é ruim porque pode ser remediado. Ele mostra que as franqueadoras terão de investir cada vez mais na qualificação de seus franqueados", explica o gerente. 

Na avaliação de Ricardo Camargo, diretor-executivo da Associação Brasileira de Franchising (ABF), a experiência em negócios acelera o processo de gestão, mas não é exigência das franquias. "Se todo franqueado precisasse ter bagagem, seria mais fácil abrir uma empresa própria", defende.

Tendência

Na Hope, franquia de lingeries femininas, ter experiência em negócios é um diferencial para tornar-se um franqueado.

"Entender a operação de um negócio faz toda a diferença para a empresa. Dominar a legislação empresarial e trabalhista, por exemplo, é um grande desafio para empreendedores iniciantes", avalia Fabio Figueiredo, diretor de expansão da marca.

Bagagem empresarial dá credibilidade a um futuro franqueado na seleção da Play Space, rede de recreação infantil.

Segundo Maria Eduarda Pessôa de Queiroz, sócio-fundadora da marca, além de conhecer o mundo dos negócios, a empreendedora – a preferência é por mulheres – deve abrir unidade em shopping com mais de dois de operação.

"O objetivo é que a unidade esteja nas mãos da pessoa certa e localizada no local ideal. Experiência, tanto da franqueada, quanto do centro de compras, faz toda a diferença para a rede crescer", acrescenta a empresária, que tem três unidades em shoppings de São Paulo.

Perfil dos franqueados

O estudo realizado pelo "Portal Sua Franquia" mostra também que mais da metade dos futuros franqueados são homens (57%) casados (56%), entre 26 e 35 anos (45%), empregados (62%) e com ensino superior completo (34%) — veja mais informações nos gráficos abaixo.

Para arcar com o valor da franquia – que inclui investimento inicial e capital de giro – , 36% dos 270 entrevistados pretendem recorrer a um empréstimo bancário, sendo que 48% deles planejam financiar até 50% do montante necessário para abrir a empresa.

Apesar de alguns franqueadores não apoiarem o empréstimo bancário, recorrer ao crédito não é ruim em todos os casos, explica Sala.

"Há franqueado que tem dinheiro, mas prefere pegar empréstimo com um banco parceiro da franquia para não ficar descapitalizado. Cerca de 80% dos franqueadores são associados a um ou mais bancos", contabiliza o gerente.

A Patroni Pizza é uma das franquias que possui parceria com instituição financeira, no caso o Banco do Brasil. O empréstimo bancário, contudo, é limitado a um terço do investimento inicial.

"Damos prioridade a franqueados com experiência em negócios porque eles entendem de forma mais prática as técnicas de gestão e administração financeira", acrescenta Luiz Cury Filho, diretor de franquias da marca.

Como a Patroni Pizza, outras franqueadoras também limitam o empréstimo bancário a até 50% do investimento inicial, afirma Camargo, da ABF.

"As marcas impõem condições porque quando há dinheiro próprio envolvido no negócio, o empreendedor geralmente tem mais responsabilidade com a empresa", considera o executivo.

Apesar de recorrerem a empréstimos, 48% dos entrevistados acreditam que a situação financeira do País favorece o empreendedorismo. “Hoje, o franqueado se sente mais confortável a se arriscar em um negócio próprio por sentir que pode voltar ao mercado de trabalho caso não atinja suas expectativas”, afirma Sala.

Impulsionados pela recuperação do País, 28% dos futuros empreendedores pretendem abrir uma franquia para abandonar a carteira de trabalho e deixar de ter chefe, segundo o levantamento.

Para 25% dos entrevistados, a franquia é uma maneira de garantir a principal fonte de renda da família, enquanto para 18%, é maneira ganhar dinheiro extra.

O cenário para 2014, contudo, ainda não é promissor, contrapõe Camargo – ao contrário do que pensam os empreendedores.

"Esse ano vai ser bem difícil, com juros altos e crescimento econômico moderado. A boa notícia é que as franquias sentem menos as oscilações econômicas porque têm o respaldo da franqueadora", conclui.

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