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Brasil, celeiro de franquias

25/06/2013

Jornal Brasil Econômico –Erica Ribeiro – 24/06
 
O mercado brasileiro de franquias está cada vez mais atraindo interesse internacional. Durante a ABF Franchising Expo, um grupo sul africano que desenvolve shoppings na África do Sul, Angola, Moçambique e Argélia, veio disposto a levar as marcas brasileiras para lá. Esses são países onde o franchising ainda é incipiente e a crise econômica mudou a relação de preços dos imóveis em rota de queda e em condições de negociação bem mais acessíveis. Por isso se tornaram alvos do setor. 

"O varejo nessa região é muito incipiente. Esse grupo do setor de shoppings lidera o mercado, sobretudo na África do Sul. Eles pro curam franquias de todos os segmentos, de alimentação e vestuário a serviços em geral, e também educação" explica Rogério Feijó, diretor de Inteligência de Mercado da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
 
Segundo ele, também durante a feira, que termina neste sábado, uma delegação de Macau veio estudar as possibilidades de ingresso de franquias brasileiras por lá. De Macau, essas franquias fazem aponte para o mercado chinês. Entretanto, diz Feijó, Portugal continua sendo o maior mercado para as marcas brasileiras. 

"Logo depois de Portugal, Estados Unidos, Angola e Paraguai são os locaisonde as franquias nacionais se destacam. Semana que vem estaremos em uma feira em Nova York e, lá vamos levar seis marcas que são de interesse do mercado americano: Grupo Paquetá, de calçados; Colcci, de roupas; a rede Emagrecentro; a rede Wizard e a empresa de software New Agent", comenta o executivo da ABF, acrescentando que as delegações são resultado de um trabalho da entidade em conjunto com a Apex Brasil. 

Hoje, de acordo com a ABF, 106 marcas brasileiras operam em 53 países. O crescimento do mercado brasileiro no exterior é de, em média, 10% ao ano. Há no exterior 900 pontos de venda ativos. 

Segundo Feijó, a crise européia é para o Brasil uma oportunidade. "Para as franquias é a hora de se negociar bons pontos comerciais. No caso da Espanha, onde o mercado brasileiro ainda é pequeno, com apenas sete marcas, as chances de crescer são grandes. É uma questão de tempo e, por isso mesmo, vale estar presente nos eventos que acontecem naquele país", diz Feijó. A presidente da ABF, Cristina Franco reitera a afirmação de Feijó e assinala que o mercado brasileiro está acostumado a viver momentos adversos.
 
"O franchising brasileiro, a associação e seu trabalho institucional têm 25 anos e claro que o setor se viu em um país em crise, com altos índices de desemprego e inflação. Esse franqueador já está acostumado a viver momentos de adversidade, crises econômicas. Isso nos prepara até para um momento de PIB menor anunciado ou mesmo a crise na Europa. Ele tem resiliência. A outra questão é que é fato que as marcas de vestuário e calçados brasileiros são simpáticos ao mercado externo. Operando em crise estamos preparados para reproduzir um bom momento lá fora. Temos aqui no evento 15 delegações estrangeiras dispostas a conhecer melhor o mercado nacional", comenta Cristina. 

Mas o caminho inverso também está em expansão. Hoje, apenas 7% das franquias existentes no Brasil são estrangeiras. Mas Cristina afirma que virá "uma avalanche" de novas empresas e marcas em breve. E de novo a crise é a responsável. O volume de prospecção tem sido alto.  

"O franchising no segmento de alimentação é forte, consolidado, antigo e as marcas americanas de alimentação fora do lar estão chegando. E é bom que nosso franqueador está preparado", diz ela. 

Marcas consolidadas aqui podem ser uma porta de entrada segura para empresas estrangeiras que estão chegando ao país. Um dos exemplos citados por Cristina é a Água Doce Cachaçaria, tradicional franquia brasileira com 114 lojas e que está trazendo para o Brasil a rede alemã Vapiano, especializada em culinária mediterrânea. Informação confirmada pelo próprio dono da rede, Delfino Golfeto, que também é diretor regional da ABF para o interior de São Paulo. 

"Trouxemos um modelo piloto da marca e abrimos uma unidade em Ribeirão Preto. Por trás de toda essa operação, há uma indústria das massas que são consumidas nas lojas. É um negócio interessante, somos os master franqueados e a meta é abrú uma loja por ano no Brasil. Uma tarefa difícil porque para trazer uma franquia para atuar em nosso país é preciso muito estudo do mercado", comenta Golfeto. 
Segundo ele, a primeira loja custou cerca de R$ 4 milhões e é necessário um tempo de amadurecimento e adaptação para que o negócio possa deslanchar. 

Enquanto isso, Golfeto segue a trajetória de crescimento de sua marca, a Água Doce. A meta é abrir cinco lojas no Rio em três anos e mais três no Espírito Santo. Golfeto diz que a lei seca não desestimulou o consumo em suas lojas, que concentram uma carta das 100 melhores cachaças. 

"Pelo contrário, quando o consumidor sai de casa, gasta mais Tanto assim que vamos manter a mesma média de público, de oito milhões de pessoas ao ano, com um salto no faturamento de RS 108 milhões, em 2012, para R$ 120 milhões, no fim de 2013", diz.
 

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