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Alimentação é terreno promissor

09/10/2013

Jornal Valor Econômico – Jacilio Saraiva – 30/09 
 
Os setores mais promissores de franquias brasileiras no exterior são alimentação, vestuário e acessórios, educação e treinamento, informa André Friedheim, diretor de relações internacionais da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Entre os países com mais redes nacionais estão Portugal, com 38 marcas; Estados Unidos (36), Paraguai (30), Angola (17), Argentina e Chile (15).
 
Para operar lá fora com mais garantias o especialista diz que é preciso conhecer o país por meio de visitas frequentes as principais cidades, participar de missões de empresários e realizar contatos com associações de franquias. "Deve-se fazer uma 'imersão' no local", diz. "Também é viável contratar um consultor nativo, que auxilie o empresário a identificar a melhor estratégia de expansão."
 
Estudos da ABF apontam que alguns segmentos têm mais aderência a mercados internacionais. "Muitos fabricantes de roupas já exportam e vendem em lojas multimarcas antes de investirem no franqueamento", diz. "Isso facilita a chegada das redes de moda e a expansão no exterior."
 
No ramo de alimentação, as franqueadoras escolhem primeiro as regiões com grandes comunidades brasileiras. Depois, adaptam produtos de acordo com a demanda. O segmento de educação segue a mesma cartilha e inicia o atendimento entre brasileiros que moram fora, oferecendo cursos do idioma local.
 
Segundo Friedheim, escolher o plano de entrada certo em um novo mercado é um dos principais desafios das marcas. "A ação vai basear o modelo de negócios e o perfil do parceiro ideal", diz. O desembarque de uma franquia pode acontecer por meio de uma operação direta, com uma master franqueadora, um desenvolvedor de área ou uma joint-venture. "É indicado operar com uma ou duas unidades próprias, ou de um parceiro único, antes de expandir a rede."
 
Grande parte do sucesso da operação estará também em encontrar o sócio adequado, segundo o diretor da ABE "Ele deve ter conhecimento do mercado, d cultura e dos hábitos de consumo da população", diz. Além disso, é importante apresentar características como capacidade financeira para o investimento, experiência em negócios e gestão profissional. "A maior dificuldade para quem empreende no estrangeiro é sustentar a empresa nos primeiros anos de atividade. Isso vai exigir dinheiro, trabalho e dedicação."
 
Encontrar o país certo para cada tipo de franquia também decide o retorno do investimento. Para Lyana Bittencourt, diretora de marketing e desenvolvimento do Grupo Bittencourt, especializado em redes de negócios, o Oriente Médio aparece como um mercado promissor para lojas de alimentação, moda e acessórios.
 
"Há capital disponível e potencial de consumo, o que favorece a entrada de novos players." A África, especialmente Angola, África do Sul e Nigéria, tem atraído marcas de cosméticos e de bens de consumo. "São economias emergentes e carentes de itens mais sofisticados." Já nos EUA, o destaque são as redes que oferecem o "brazilian grill" ou churrasco brasileiro, com boa receptividade entre clientes.
 
O mercado americano também é procurado pelos franqueadores por conta do volume de consumidores nativos, de shoppings centers e de brasileiros residentes, segundo Friedheim, da ABE "A facilidade de negociação no país atrai os empresários", diz. "É um lugar de regras claras, com legislação de franquias semelhante à brasileira."
 
O chileno Fernando Scobar escolheu uma marca brasileira para entrar em Santiago do Chile. Há um mês, abriu quatro lojas da Mr. Limp, da área de limpeza, com investimento de R$ 56 mil por ponto. "A previsão é ter retorno no caixa a partir do décimo mês", diz ele, que tem plano de expansão para até 20 pontos em cinco anos. 
 

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