Dimitri Rodrigues sempre foi apaixonado pelas casas de suco da cidade do Rio de Janeiro. Porém, ainda achava que faltava qualidade ao produto por lá oferecido. “Os sucos eram feitos com polpa de fruta e levavam muita água”, conta.
Ele confessa que nunca havia pensado em montar um negócio na área de alimentação, pois se considerava apenas um admirador e entusiasta do conceito. “Resolvi entrar para o ramo de alimentação saudável em 2008. Estava trabalhando e estudando em Beijing, na China, onde conheci uma rede de franquias de sucos integrais, que fez com que meu olho brilhasse. Estava ali o conceito que achava que faltava às casas do Rio, ou seja, os sucos eram frescos, não levavam uma gota de água e eram feitos na frente do cliente. Por incrível que pareça, as casas estavam sempre lotadas. Uma vez que chinês é fanático com chás, não imaginava que uma casa de sucos poderia fazer tanto sucesso.
Ao voltar ao Brasil, fiz uma ampla pesquisa de mercado, modelei o negócio e, com meu sócio Ray Chalub, implantei a primeira unidade-piloto da Kiwi Sucos”, conta Dimitri, hoje diretor-executivo da empresa.
A franquia Kiwi Sucos foi fundada em 2012, em Barbacena, na Região Central de Minas, e hoje emprega 15 pessoas. “Oferecemos sucos integrais -100% fruta, zero açúcar e sem conservantes -, salada de frutas, shakes, cremes de açaí e sanduíches naturais. A demanda maior é pelos sucos detox e sanduíches naturais”, informa Dimitri, que está no ramo há seis anos. Ele acredita que o sucesso de sua empresa esteja na qualidade e na inovação, além da cremosidade dos sucos, “feitos com 100% de fruta, e os sabores, que são únicos e inéditos no Brasil. Para exemplificar, o suco de morango com Yakult”, ressalta. O empresário está satisfeito com o andamento da loja e considera o faturamento ótimo, mas prefere não revelar. “O consumidor de alimentação saudável está disposto a pagar um pouco mais pela qualidade e vê valor agregado no benefício que proporciona à saúde. O ticket médio é bem mais alto do que as casas de ‘junk food’ (comida rica em calorias e de baixa qualidade nutritiva).”
Dimitri garante que o mercado de alimentação saudável está em franco crescimento. “Existe uma tendência e uma pressão mundiais para melhoria nos hábitos alimentares, e isso gera crescimento para os players. É um segmento no qual não se vê muita crise, por isso vale a pena investir. O público é fiel, a demanda é exponencial e o retomo do investimento é mais rápido do que em outros segmentos.” Os dois sócios já pensam em ampliar o negócio e, por isso, estão lançando a marca em um sistema robusto de franquias. “O planejamento de expansão em BH engloba mais quatro unidades em 2015, nos bairros Belvedere, Buritis, Cidade Nova e Lourdes. O planejamento Brasil engloba importantes capitais do Nordeste e Sudeste. É um ramo de operações relativamente fáceis, pois se trabalha para um público selecionado e de alto poder aquisitivo. Além disso, existem poucos concorrentes de qualidade.”
O empresário explica que são vários modelos de negócio, ou seja, loja de rua, de shopping, quiosque de rua e de shopping, foodtruck e foodbike, entre outros. O investimento em uma unidade de rua é a partir de R$ 150 mil. “Para entrar nesse ramo, além do capital, é claro, basta fazer um planejamento, gostar do que faz e ter foco na qualidade. Franquias são ótimas oportunidades, pois já oferecem o modelo de negócio pronto e testado. Para quem quer se aventurar em uma iniciativa solo, preparação, estudo e dedicação são essenciais”, aconselha Dimitri.
Estado de Minas – Augusto Pio – 22/03
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