Meu bem, meu mal.
Atualmente é bem razoável o volume de artigos e publicações em torno do tema comunicação em sistemas de franquias, especialmente sob a ótica da relação entre franqueadora e franqueados e vice versa. E não pode deixar de ser assim, pois o tema é de fato de alta relevância para a saúde e sucesso das redes de franquias.
Mas quero abrir um espaço com este artigo para tratar da comunicação entre franqueados dentro de uma rede de franquias, ou seja, a conversa formal ou informal entre franqueados de uma mesma rede!
Enxergo nesta comunicação um excepcional desafio para as franqueadoras, pois, carecem de maior atenção e discussão, assim como maior planejamento e organização.
A comunicação entre franqueados não é das práticas mais incentivadas entre as franqueadoras… Há invariavelmente muitas que não a consideram bem vinda, ou seja, pouco útil ou temerária e até a ser evitada. Há ainda aquelas franqueadoras que não a valorizam, não a aproveitam ou ainda a ignoram simplesmente.
E diante disto, deste cenário, sem qualquer direcionamento ou princípio, a comunicação entre franqueados rola solta…
Franqueados espalhados pelo Brasil, em suas unidades franqueadas ou em suas casas, trabalhando ou em descanso usufruem dos recursos tecnológicos para manter uma comunicação frequente com outros franqueados de uma mesma rede de negócios.
Não há qualquer barreira para a comunicação entre franqueados atualmente! Daí o desafio maior para as franqueadoras!
Em que esta comunicação pode contribuir ou atrapalhar a gestão de uma rede de franquias? Ela deve ser encarada como um bem ou um mal nos sistemas de franquias?
Quem ganha com esta comunicação? Quem perde?
Uma boa franqueadora não deixa estas perguntas sem respostas, ou seja, ela assume um posicionamento objetivo em relação à esta questão de comunicação entre franqueados, uma vez que há vantagens a serem otimizadas e desvantagens que precisam ser neutralizadas.
Entre as desvantagens, destaco agenda paralela de interesses de franqueados que a franqueadora desconhece, o desalinhamento de interesses e práticas desconhecidas da franqueadora, ou ainda problemas que se tornam grandes, por desconhecimento da franqueadora.
Contudo, são as vantagens que merecem mais atenção!
A comunicação entre fraqueados mantida planejada, organizada, monitorada e apoiada pela Franqueadora é um indicador de maturidade, assim como um fator crítico de sucesso da Rede.
Entre as vantagens, podem se destacar:
1. Agenda única norteada por posicionamento e estratégias da marca e da rede.
2. Otimização de esforços e recursos entre franqueadora franqueados.
3. Ação imediata e efetiva diante de problemas que surjam na operação das franquias.
Para garantir esta comunicação planejada e organizada entre os franqueados de uma mesma rede, a franqueadora pode considerar 3 etapas:
1. Organizar listas de distribuição de e-mails (@marca.com.br) nacional e regionais para facilitar e organizar a conversa entre franqueados em âmbito nacional e nas regionais
2. Garantir orientação sobre boa utilização destas listas para divulgação de boas práticas, trocas de experiências, etc.
3. Incluir a franqueadora, na figura dos consultores de campo e gerente/diretor de operações em todas as listas para manter se atualizada e a par de todas as conversas.
Desta forma, os franqueados não precisarão organizar caminhos ou meios diferentes para manter a comunicação entre seus pares e ainda a franqueadora manterá atenção e conhecimento sobre tudo que interessa ou preocupa a rede de franqueados.
Transparência e confiança são pré-requisitos para todos os envolvidos, mas a franqueadora quem dá o exemplo e precisa ser a referência, fazendo da comunicação entre franqueados um bem maior para a Rede, um benefício pouco possível em outros tipos de negócios!
Por Marcia Pires
Presidente da Profranquia & Negócios
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